Athletico inconstante é fruto da má formação do elenco
A torcida atleticana ficou chocada com o jeito que o seu time foi derrotado pelo Corinthians.
Ficou mais traumatizada do que depois do melancólico empate com o São Paulo em casa, simplesmente porque na partida de quarta feira (1) a equipe apresentou-se à vontade no plano tático, criou oportunidades para chegar à marcação do gol, porém revelou absoluta limitação nas finalizações.
Pior do que isso, obviamente, foram as falhas dos experientes zagueiros Cacá e Thiago Heleno no início da jogada do gol corintiano e o incrível frango do goleiro Bento.
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É importante entender que esse Athletico inconstante é fruto da má formação do elenco. Os responsáveis pelo departamento de futebol erraram feio nas opções desse grupo, o qual não saiu barato, para apresentar tantos momentos de absoluta irregularidade.
As eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores da América, com atuações voláteis em plena Ligga Arena deveriam ter servido de alerta para o comando do futebol atleticano. Restou a luta por uma vaga na Libertadores da América no ano do centenário do clube, já que há muito tempo o Furacão parece ter perdido o apetite de lutar pelo bicampeonato brasileiro.
Mas apesar de mexer e remexer na formação em praticamente todas as partidas, o treinador Wesley Carvalho apenas assegura em suas entrevistas suor, sangue e lágrimas até o fim.
Quando ele olha para as opções no banco de reservas, deve sentir profunda desilusão com a qualidade técnica inferior da maioria dos jogadores colocada à sua disposição.
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Os novos não são tão bons e os bons ficaram velhos.
Este fato é tão real que o mesmo Felipão, que não conseguiu cravar um título importante pelo Athletico, está conduzindo o Galo à almejada vaga na Libertadores da América simplesmente porque, agora, conta com jogadores de maior envergadura técnica.
Claro que as lesões do armador Christian e, sobretudo, do atacante Vitor Roque foram fatais em termos ofensivos para os planos de Wesley Carvalho.
Mas a defesa e o meio de campo não precisavam demonstrar tanta instabilidade como se verifica nesta altura do campeonato.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...