Athletico foi castigado pela indiferença e o Coritiba pela pouca objetividade
Para entender o time do Athletico não basta ser torcedor apaixonado.
Para compreender o comportamento do time do Athletico é preciso aceitar a ideia de que se trata de um grupo de jogadores motivado para fazer sucesso na carreira. Independente de conquistar títulos de campeão ou empolgar a torcida.
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O espírito mercantil do futebol moderno circula na veia dos jovens jogadores lançados ou contratados e contrasta com a atitude dos mais experientes que pertencem a outra geração. Fernandinho é o símbolo do que restou do velho Furacão.
Bem sucedido na carreira, rico, mas respeitoso com o público que o reverencia, o grande craque segue empenhado em levar a equipe às vitórias.
E, enquanto ele esteve em campo - durante o primeiro tempo -, o Athletico dominou o fraco time do Santos, criou várias oportunidades de gol e marcou um através do também empenhado Pablo, não por acaso com passe de Fernandinho.
Na etapa complementar, com as alterações processadas por Wesley Carvalho, o time atleticano encolheu-se, tornou-se indiferente na busca do triunfo, limitou-se a defender-se e a dar chutões para frente, sem nenhuma inteligência de jogo.
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Não criou rigorosamente nenhuma chance de gol mesmo com os jovens Vitor Roque, Canobbio e Cuello no ataque. Conseguiu ser pressionado pelo medíocre time do Santos até que foi castigado no final com o doloroso empate e, por pouco, não sofreu uma virada no placar.
Coritiba cai em armadilha
Ao contrário da apresentação na partida em que venceu o Fluminense, o Coritiba caiu na armadilha armada pelo Bragantino e saiu derrotado diante da fiel torcida coxa-branca.
Faltou vibração ao time de Thiago Kosloski, talvez imaginando que poderia chegar ao gol a qualquer momento. Sem intensidade, e muito menos objetividade, a partida tornou-se equilibrada e sem brilho técnico de ambos os lados.
Em jogada isolada, Sorriso marcou para o Bragantino e a pressão do Coxa na busca do empate foi abaixo do que se esperava.
Na etapa complementar, com a marcação alta exercida pelo adversário, o Coritiba se atrapalhou na saída de bola e verificou-se excessiva a quantidade de bolas recuadas dos zagueiros para o goleiro Gabriel.
Em tentativas esparsas, houve um gol anulado por impedimento, uma oportunidade desperdiçada pelo avante Diogo Oliveira e a movimentação de Marcelino Moreno, o único atacante com iniciativa. O meia armador Robson fez falta ao setor de criação.
Derrota em casa é mau negócio para quem luta contra o rebaixamento.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...