Apesar do investimento, falta alguma coisa ao time do Athletico
Contratando jogadores em quantidade e alguns de elevado custo para os padrões do futebol paranaense, o Athletico apostou alto nesta temporada. Tanto é verdade que aí está o consagrado e respeitado Felipão como treinador.
Ele deveria representar a cereja do bolo, porém, pelo que se observa no rendimento da equipe em campo e das próprias declarações de Felipão para tentar justificar as más apresentações, algo ainda não fechou no grupo.
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Ou seja, apesar do investimento, falta alguma coisa ao time do Athletico. Mesmo entre os primeiros colocados do Brasileirão, tendo chegado às quartas de final da Copa do Brasil e às semifinais da Copa Libertadores da América, o time não empolga.
A retranca na eliminação diante do Flamengo, em plena Arena da Baixada, acendeu a luz amarela no inconsciente da torcida e o sofrível empate com o América-MG provocou vaias dos torcedores aos jogadores e ao próprio Felipão, que com seu carisma havia conquistado o publico atleticano.
Não estou afirmando, absolutamente, que o esquema de três zagueiros configura, por si só, o futebol brucutu. Longe disso. Apenas me lembrou aquela época não muito remota, na qual diante de um adversário que devia respeitar mais do que os outros, a única solução dos técnicos brasileiros era escalar mais cabeças-de-área. Virou mania, tanto que se apelidou de futebol brucutu.
Agora, influenciados pelas inovações táticas, escalam-se três zagueiros e, no caso em pauta, três volantes que, mesmo assim, não conseguiram evitar a derrota para o Flamengo.
No baixo rendimento frente ao América-MG a questão não foi estratégica, mas sim das opções na escalação do Furacão sem Vitor Roque e Vitinho, disparados os melhores atacantes no atual elenco.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...