O enigmático Athletico, o dramático Coritiba e os planos para o returno
No futebol brasileiro, dizia-se no passado que segundo lugar é a mesma coisa que o último. A frase ficou batida e foi superada desde a implantação do acesso e descenso nos campeonatos. E nos últimos anos, cada posição conquistada na primeira página da classificação do Brasileirão vale o quanto pesa, com a garantia de vagas na Copa Libertadores da América e na Copa Sul-Americana.
A Copa do Brasil também vale ouro, mas daí os critérios são diferentes. Futebol e dinheiro nunca caminharam tão juntos, para o bem ou para o mal. Tanto é real que, apesar do baixo nível técnico do futebol brasileiro na atualidade, ele reina absoluto no continente sul-americano, tudo porque a nossa economia está mais equilibrada que a dos países vizinhos.
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Com o Botafogo disparado na liderança e grandes clubes dentro ou próximos da zona de rebaixamento, encerrou-se o turno do campeonato. Agora, o enigmático Athletico, o dramático Coritiba e os planos para o returno mexem com os torcedores paranaenses.
Por que enigmático Athletico, pergunta o torcedor atleticano. Ninguém melhor do que ele para responder, afinal no ano em que realizou o maior investimento financeiro na formação do seu elenco, o Furacão foi eliminado pelo Flamengo, na Copa do Brasil, e pelo Bolívar, na Libertadores da América, dentro da Ligga Arena.
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Mas é fácil entender os motivos dos fracassos: tempo perdido com a dupla Felipão-Paulo Turra, algumas contratações desnecessárias ou de jogadores abaixo do nível alcançado pelo time atleticano nas últimas temporadas, e um pouco de inexperiência de Wesley Carvalho nas escalações das duas partidas decisivas.
O resto ficou por conta dos jogadores, que simplesmente falharam e vão ter que desvendar o próprio enigma na busca de uma boa classificação na única competição que sobrou.
O drama do Coritiba em sua tenaz e quase permanente luta contra o rebaixamento nos últimos tempos continua. Melhorou com Thiago Kosloski, mas ainda não conseguiu adquirir o equilíbrio técnico-tático para garantir a soma de pontos, pelo menos quando atua dentro de casa.
É imperdoável um time ameaçado não vencer como mandante. Ou, por outra, o desafio torna-se enorme. Mas é exatamente o que acontece: para evitar a queda, o Coxa terá que ganhar todos os jogos do returno no Alto da Glória.
E logo de saída o adversário é o Flamengo, que chega com os jogadores e comissão técnica entre tapas e beijos.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...