Athletico elipsou o Flamengo dos torneios nacionais
Depois de ter eliminado o Flamengo, em pleno Maracanã, na Copa do Brasil, o Athletico afastou o time carioca um pouco mais do líder disparado Atlético Mineiro no Campeonato Brasileiro.
Foram experiências marcantes na seqüência dos últimos quatro jogos entre os dois rubro-negros mais famosos do país: vitória do Mengão frente ao time reserva do Furacão, empate na Arena da Baixada com gol de pênalti a favor dos cariocas no último segundo da partida, goleada atleticana no Maracanã e novo empate na Arena da Baixada na tarde de ontem.
Confira a classificação do Brasileirão
Só que é bom lembrar a distancia do PIB entre os
adversários: o orçamento do Flamengo é o maior do país, comparável aos grandes
times europeus, enquanto que o Athletico vive, basicamente, da venda das suas
revelações, com patrocínios singelos, quadro associativo pequeno por causa da
pandemia e reduzida verba da televisão.
O Flamengo é cantado em prosa e verso como o melhor elenco do Brasil e o técnico Renato Gaúcho tem sido cobrado por só escalar laterais nos momentos de desespero. Aí entra a competência. Tanto da diretoria quanto da comissão técnica do Furacão.
Apesar de um primeiro tempo sofrível, inclusive com falha do goleiro Santos na saída de bola no lance do segundo gol. Aliás, dois gols de Gabigol que, imbecil e desnecessariamente provocou a torcida atleticana no estádio, revelando o lado sombrio da sua personalidade.
Porém, na etapa complementar, o jogo mudou. Alberto Valentim acertou a mão e o time começou a jogar o que sabe e pode. Deu no que deu. O Athletico elipsou o Flamengo dos torneios nacionais:
derrotou-o na Copa do Brasil e deixou o Galo a vontade na classificação do
Brasileirão.
Renato Kayzer diminuiu o placar, apesar da intervenção equivocada do bandeirinha, corrigida pelo VAR, e Bissoli empatou ao apagar das luzes, como dizia o grande narrador-poeta Oduvaldo Cozzi, da antiga rádio Mayrink Veiga, do Rio de Janeiro.
O Furacão conjugou o verbo regular elipsar em cima do Mengão,
mas a luta continua, pois a sua campanha é sofrível no returno da série A e
começa a sentir o calor da elevada temperatura na zona do rebaixamento.
Precisa reagir imediatamente, antes de partir para as grandes decisões com o Bragantino, em Montevidéu, pelo bi na Copa Sul-Americana e nos duelos com o Galo pela Copa do Brasil.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...