Sem encontrar a identidade do time, o Athletico deu uma geral no futebol
Para quem sonhava em realizar uma campanha exemplar e vitoriosa no ano do Centenário, não tem sido fácil a vida dos dirigentes atleticanos, muito criticados e pressionados pela fiel torcida. Sem encontrar a identidade do time, o Athletico deu uma geral no futebol. Ou, por outra, foram dispensados diversos executivos e funcionários do futebol, que operavam no CT do Caju, por conta da má formação do elenco para esta temporada, pelo gasto acima do normal para os padrões do clube e pelo excessivo troca-troca de treinadores em apenas sete meses.
Enquanto isso, a bola volta a rolar para o Furacão, que tem compromisso pela Copa do Brasil, com o Bragantino, na Ligga Arena. O recente encontro, em Bragança Paulista, no qual o time atleticano conseguiu perder apesar de estar com um jogador a mais desde o primeiro tempo e ter dominado completamente as ações, foi incapaz de obter pelo menos o empate. Tudo porque foi mais uma vez, inoperante na organização estratégica e nas finalizações para tentar marcar gols.
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O mesmo se repetiu em Cuiabá, com a agravante da insegurança defensiva, o número absurdo de mais de 40 recuos de bola para o goleiro Léo Linck e a falta de entrosamento na saída de bola da zaga para o meio de campo e desta faixa para o ataque. Os gols da vitória foram fruto da individualidade dos jogadores, tanto na triangulação Zapelli, Cuello e Julimar, como no passe de Erick para Di Yorio.
Com tanta instabilidade tática, técnica e emocional, mas com chances reais de se impor a Bragantino e Belgrano, respectivamente, na Copa do Brasil e na Sul-Americana, não custa aguardar os próximos capítulos com olhar crítico, mas com esperanças renovadas de êxito, afinal, Centenário não é todo ano que se comemora.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...