Athletico desafiado a mostrar melhor futebol no clássico Atletiba
Pode parecer estranho, mas considero a maior curiosidade das semifinais do Campeonato Paranaense o comportamento técnico do time do Athletico.
Depois de se colocar como quarta força do futebol brasileiro na temporada passada – pela conquista da Sul-Americana e o vice da Copa do Brasil – o Furacão apagou a decepcionante campanha no Estadual – quando foi eliminado pelo Cascavel e desperdiçou a oportunidade de ganhar o inédito tetracampeonato paranaense – e o fraco desempenho na Série A do Campeonato Brasileiro.
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Confira a tabela do Campeonato Paranaense
Entretanto, ficou apenas atrás dos vitoriosos Palmeiras e
Atlético Mineiro, e do Flamengo, que mesmo sem títulos recentes, é destacado
pelo elenco milionário.
Só que entramos no novo ano com a diretoria de futebol atleticana errando feio no planejamento da preparação da equipe principal que teria, logo em fevereiro, a Recopa Sul-Americana frente ao Palmeiras. Não deu outra. O clube paulista ficou com a taça.
Sem critério aceitável, os considerados jogadores titulares – e especialmente os novos contratados – foram pouco testados e nas raras ocasiões revelaram desentrosamento e falta de coordenação.
Claro que a corda vai arrebentar do lado mais fraco e
Alberto Valentim sabe disso.
Porém, seria mais coerente a torcida e os associados promoverem um exame criterioso para evitar injustiça com o treinador, enquanto que os dirigentes que foram incompetentes na elaboração da pré-temporada mantêm-se no anonimato.
Antigamente os repórteres tinham liberdade para trabalhar e
questionavam diretamente os cartolas. Hoje não.
Os mandachuvas dos clubes só se manifestam publicamente quando interessa a eles.
E o torcedor aceita o novo modelo pacificamente. Em termos,
é claro, pois alguns não param de brigar com adversários nas ruas, nas praças e
nos ônibus.
De qualquer forma, nos dois próximos confrontos com o Coritiba o time do Athletico está desafiado a mostrar melhor futebol.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...