Athletico corrigiu grave erro de planejamento
Que o Athletico é um sucesso administrativo, financeiro, mercadológico e patrimonial, não resta nenhuma dúvida.
Desde que o presidente Mario Celso Petraglia assumiu o clube há 28 anos, demonstrou que tinha uma ideia na cabeça e, enquanto não realizou os seus sonhos, não sossegou. Ou, por outra, ainda não sossegou, pois segue presidente e, nos últimos anos, remunerado.
Mas mesmo reconhecendo o sucesso da gestão atleticana, não podemos perder de vista as derrapadas que o time deu em algumas temporadas.
Um pouco por infelicidade, como na perda do bicampeonato brasileiro em 2004; por pressão política da CBF, da Conmebol e do São Paulo nas finais da Libertadores em 2005, no impedimento do Furacão de decidir na Arena da Baixada; por indecisão do comando técnico e dos jogadores em dois títulos perdidos nas finais da Copa do Brasil – curiosamente ambos contra o Flamengo, em 2013 e em 2022; pelo equívoco que representou a escalação do lento Vitor Bueno na vaga do craque Terans na final da Libertadores, outra vez contra o Flamengo, em 2022.
+ Confira a tabela do Campeonato Paranaense
Houve compensações admiráveis como o título da Copa do Brasil, no Beira-Rio, o bicampeonato na Copa Sul-Americana, nova final na Copa do Brasil com o Atlético-MG e alguns títulos estaduais.
Algumas vezes o time deixou a desejar dentro de campo por poupar os titulares nos primeiros meses do ano. Com isso, os jogadores demoraram para entrar no ritmo e, não por acaso, renderam pouco no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Agora, o Athletico corrigiu grave erro de planejamento no departamento de futebol e iniciou a temporada com a equipe principal no modorrento Campeonato Paranaense.
Não importa a categoria da competição, mas sim os ajustes do time principal para os desafios que se aproximam. E que não são poucos.
Pelo sucesso registrado nos últimos cinco anos, é bom prestar atenção nas possibilidades do Furacão em 2023.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...