Athletico conseguiu ressuscitar o Coritiba
Vamos tentar entender o clássico de desse domingo (1º), pois o resultado deve ter desconcertado os menos informados ou principiantes em Atletiba.
O Coritiba vinha de oito derrotas consecutivas, enterrado na lanterninha do Brasileirão e o Athletico acumulava dez partidas invictas e disputava uma vaga direta na Copa Libertadores da América.
Para qualquer torcedor, medianamente inteligente, o Furacão carregava todo o favoritismo mesmo jogando na casa do adversário.
Pois não há de ver que o Coxa ganhou o jogo?
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Não se sabe exatamente por que o técnico Wesley Carvalho errou na escalação do time, os jogadores não se empenharam em campo e o Coritiba fez 2 a 0 logo no primeiro tempo.
O mesmo sofrido e angustiado time de Thiago Kosloski que não conseguia superar ninguém nas últimas partidas, diante da apatia do adversário desse domingo, conseguiu abrir a contagem com uma falta bem cobrada por Victor Luis e ampliou com um cabeceio de Slimiani em jogada na qual superou o ex-atleta Thiago Heleno que, invariavelmente, tem contribuído para que a sua equipe tome gol constantemente em jogadas aéreas.
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O Athletico conseguiu ressuscitar o Coritiba no Alto da Glória, transformado em uma espécie de Gólgota para os futuros planos de ampla reabilitação no campeonato.
Sem Vitor Roque e Pablo o treinador tentou com o superado William Bigode, substituído pelo um pouco mais eficiente Rômulo que não realizou muita coisa tendo os limitados e dispersivos Canobbio e Cuello como companheiros de ataque.
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Com Fernandinho de novo emitindo sinais claros de que está dando adeus ao futebol como jogador de raro talento, o meio de campo afundou e o Furacão não teve capacidade de emitir nenhuma capacidade de reação durante o tempo inteiro do tradicional clássico.
Do lado coxa-branca muita luta e dignidade dos jogadores que se superaram, com destaque a boa atuação dos zagueiros – coisa rara nesta temporada –, movimentação intensa de Marcelino Moreno, Diogo Oliveira e outros heróis da resistência.
Mas o que chamou mesmo a atenção foi o comportamento acomodado da maioria dos jogadores do Athletico, como se não tivessem comando efetivo na direção de futebol, nenhum compromisso com aqueles que os contrataram no maior investimento financeiro do clube em toda a sua existência, com a fiel torcida e, em última análise, com a proposta de salvar o calendário no ano do centenário.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...