Centenário do Athletico e do clássico Atletiba fazem deste um ano histórico
Para quem gosta de futebol, esta temporada promete ser diferente das demais, pois se trata de duas comemorações que devem ser reverenciadas. O Centenário do Athletico e do clássico Atletiba fazem deste um ano histórico.
Iniciamos pelo Campeonato Paranaense que, em gesto simpático da Federação, coloca em disputa o troféu Gil Rocha. Iniciativa feliz da entidade na homenagem que se presta ao repórter e comentarista de rádio e televisão, com quase cinqüenta anos de carreira, que nos deixou inesperada e prematuramente.
A comemoração dos cem anos do Furacão cabe ao próprio clube organizá-la, pois o UmDois Esportes, nosso site, já está fazendo a sua parte com os belíssimos textos do jornalista e escritor Sandro Moser que homenageia um atleticano por dia.
A série chegará a cem ilustres personagens e a publicação de um livro surge inevitável.
Mas o centenário do maior clássico do futebol paranaense é um tema que mexe com todo mundo ligado ao esporte ou a própria história de Curitiba e do estado do Paraná.
Nos tempos em que os torcedores iam aos estádios de cartola, terno, gravata, polainas e bengala, parece que o comportamento era diferente. Ledo engano.
Raro o Atletiba que não registrasse algumas brigas. Os meus ancestrais relatavam os acontecimentos do tempo antigo garantindo o uso comum das bengalas para outras funções além do simples apoio ao corpo.
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Há pedantes que dizem que vêem uma partida de futebol como se visse um espetáculo de arte, mas, lembro, que num teatro ou cinema, ninguém se levanta para se dirigir à mãe do árbitro do jogo. Mesmo num show musical, o roteiro das canções não muda por vontade do público.
Torcidas podem, sim, ajudar a dar identidade para um time, a qual segue ativa mesmo quando os jogadores já não são os mesmos. Pela programação do calendário deste ano, só temos garantida a realização de um clássico Atletiba: na fase classificatória do Campeonato Paranaense.
Espero que haja muitos outros, para alegria geral de coxas e atleticanos.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...