Mesmo sem vencer, Athletico deixou boa impressão no empate em Assunção
Os inexplicáveis tropeços no Danubio e no Sportivo Ameliano, dentro da Ligga Arena, obrigaram o Athletico a jogar com o Cerro Porteño duas partidas para recuperar a sua qualificação para as etapas decisivas da Copa Sul-Americana.
Mesmo sem vencer, o Athletico deixou boa impressão no empate em Assunção. Não que tenha se apresentado de maneira espetacular, nada disso. Antes, pelo contrário, foi uma atuação contida, equilibrada, sempre respeitando o adversário que, se não chega a ser tecnicamente superior, demonstrou muita determinação para não ser derrotado em casa.
O treinador Martín Varini está naquela fase de conhecer o elenco, identificar as características de cada jogador e procurar criar os casamentos nos diversos setores da equipe.
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Como não dispõe de grande variedade e muito menos talento excessivo no grupo, já deve ter percebido que não há muito para inventar. Melhor se segurar como está do que aventurar-se sem ter certeza do terreno em que está pisando.
Por isso, manteve a estrutura da equipe, com suas falhas e virtudes, sofreu o gol e continuou batalhando. Não consegui entender a penalidade máxima cometida por Léo Godoy, pois, a meu ver, ele disputou a jogada dentro das regras do futebol, mas o árbitro apitou falta na grande área. Menos mal que o paraguaio chutou a bola nas nuvens.
A entrada de Canobbio proporcionou maior movimentação ao setor ofensivo e em um cruzamento dele o meia Christian empatou marcando um golaço. Depois Canobbio sofreu penalidade máxima, também um tanto quanto rigorosa, e Fernandinho voltou a cobrar deficientemente. Dá um tempo Fernandinho e deixe outro bater pênalti.
Agora o Furacão vai enjoar de enfrentar o Bragantino. Serão três confrontos equilibrados, sendo um pelo Brasileirão e dois pela Copa do Brasil. Ótimas oportunidades para uma efetiva avaliação de até onde, efetivamente, esse time do Athletico está condicionado para continuar alimentando os sonhos da torcida em voos mais ousados.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...