Athletico jogou como Athletico e arrebatou o Caldeirão lotado
A derrota amarga e inexplicável para o Vitória ficou engasgada no inconsciente coletivo da torcida atleticana, mas, mesmo assim, ela cumpriu a sua parte no pacto e estabeleceu novo recorde de público na Ligga Arena. E finalmente o Athletico jogou como Athletico e arrebatou o Caldeirão lotado.
Tem toda razão o zagueiro Thiago Heleno ao considerar o sábado como um dia maravilhoso, pois até que enfim o Furacão jogou com personalidade, disposição e objetividade, encurralando ninguém menos que o Atlético-MG, finalista da Copa Libertadores da América.
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Lucho González acertou na escalação com Gabriel, Erick e Nikão no meio de campo e contou com boas atuações dos alas Leo Godoy e Esquivel. Os atacantes também brilharam. Cuello pelo golaço marcado no super goleiro Everson, Pablo pela movimentação e pelo quase-quase de fazer o seu gol e Julimar que está se firmando cada vez mais como a principal revelação atleticana na temporada. O resultado foi fundamental para recuperar o moral do elenco e a fé de todos em continuar trabalhando por melhores resultados.
O Galo, mesmo com uma composição bem formada pelo treinador Gabriel Milito e contando com jogadores caros e experientes, foi amplamente dominado durante o jogo inteiro. Os atacantes Hulk e Deyverson deram algum trabalho em jogadas esporádicas, mas o jovem goleiro Mycael brilhou intensamente em todas as intervenções.
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Tecnicamente foi uma partida disputada em alto nível, com intensidade própria de duas equipes empenhadas em somar pontos nesta altura dramática do Campeonato Brasileiro da Série A.
O triunfo serviu para restabelecer o contato entre o time e a torcida, abalado por tantos insucessos e decepções neste ano aziago do centenário do clube. Mas também serviu, principalmente, para reacender a esperança de evitar a humilhação do rebaixamento para a Série B.
A ameaça persiste, entretanto, se for repetido o mesmo desempenho no próximo confronto, com o Atlético-GO, na Ligga Arena, aumentarão as possibilidades de se afastar da tenebrosa zona da degola.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
