As inovações e experiências no futebol moderno mexem com a cabeça de todos
Antes de entrarmos na avaliação das primeiras rodadas do Campeonato Paranaense, precisamos dar uma olhada no que vem por aí, pois as inovações e experiências no futebol moderno mexem com a cabeça de todos.
A International Board – órgão da Fifa responsável pelas regras do futebol – anunciou a implementação do cartão azul, para ser utilizado pelos árbitros juntamente com os cartões amarelo e vermelho.
O cartão azul será usado para advertir os jogadores por reclamações ou comportamento considerado como indisciplina e, o atleta punido, terá que ficar 10 minutos fora do jogo. Imaginem as consequências táticas e técnicas que advirão durante as partidas com a entronização do tal cartão azul.
Por enquanto, poucos destaques no começo da temporada, já que os campeonatos estaduais são semelhantes na desarrumação natural das equipes, nos testes promovidos pelos treinadores e, sobretudo, pela pobreza técnica da maioria dos participantes. Para piorar, as arbitragens continuam de má qualidade e o custo do VAR inibe a sua utilização na maior parte dos estaduais em andamento.
Por aqui, a maior surpresa continua sendo o Maringá, enquanto a dupla Atletiba tenta aproveitar as primeiras semanas para arrumar a casa.
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Tarefa árdua tanto para Guto Ferreira, no Coritiba, quanto para Juan Carlos Osorio, no Athletico, já que os dois times encerraram o ano passado jogando muito abaixo do esperado.
Mais conservador, e com recursos financeiros limitados para investimento no elenco, Guto Ferreira tem se saído bem, especialmente no que diz respeito à motivação dos jogadores, o comprometimento que todos têm mostrado com o projeto e o lançamento de jovens com futuro promissor no Coxa. Em suas declarações, o treinador demonstra a preocupação que tem na formação de um grupo equilibrado e concentrado nos desafios futuros, com destaque à principal proposta que é a volta a Série A do Campeonato Brasileiro.
Juan Carlos Osorio tem mexido com a cabecinha de torcedores, repórteres e comentaristas pelo seu estilo inovador e não muito usual no futebol brasileiro.
Como não conhece todo o grupo de jogadores colocado à sua disposição, tem trabalhado insistentemente na rotatividade – ainda não repetiu a mesma escalação do time em duas partidas consecutivas -, promovendo experiências para descobrir potencialidades, implantando o espírito de intensidade na execução do sistema tático que tem em mente.
Pelo que consegui captar, Osorio não aceita apatia, exatamente um dos maiores defeitos da nova geração dos futebolistas brasileiros. Até a seleção pré-olímpica tem mostrado alguns jogadores apáticos e que ligam e desligam durante uma mesma partida. Não sei se é problema mental, educacional ou má formação intelectual na captação das exigências do novo futebol que está sendo praticado.
De qualquer forma, é importante ter paciência e, sobretudo, respeito pelo trabalho dos técnicos que se mostram dispostos a retirar a dupla Atletiba da letargia que irritou os seus torcedores com as frustrantes performances do ano passado.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...