Após a eliminação, o Athletico repensa seu planejamento
Futebol é resultado, diz o ditado popular.
Nada mais natural do que mudar o planejamento de um time que sofreu o primeiro impacto negativo na temporada.
Campeão estadual invicto com atraente e invejável calendário nacional e continental pela frente, o Athletico tem se comportado de forma irregular nas suas atuações e acabou de ser eliminado na Copa do Brasil.
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Passou meses virando jogos de maneira arrebatadora, mas não convencendo no conjunto pela ausência de um padrão definido.
Nas últimas apresentações com altos e baixos, chances para marcar gols desperdiçadas de forma bisonha e falhas graves no setor defensivo.
Após a eliminação, o Athletico repensa seu planejamento. Só que os problemas começaram bem antes das derrotas para o Flamengo.
O abandono do projeto pelo executivo Felipão, que rompeu a promessa de não ser mais treinador e ofereceu-se ao Galo antes de ser mandado embora do Furacão, e a dispensa de Paulo Turra mudaram o panorama no CT do Caju.
Assumiu Wesley Carvalho, que se relaciona bem com os jogadores e tornou a equipe mais leve e muito mais objetiva no plano tático. Basta lembrar que o Athletico finalizou 28 vezes contra apenas cinco do Flamengo.
Perdeu o jogo pela inabilidade dos seus atacantes e pelo lamentável gol contra de Erick, após o qual tudo ficou muito mais difícil.
Com o ala esquerdo Pedrinho desligado do clube e o substituto Fernando lesionado, o novo técnico teve de improvisar Christian enquanto Esquivel não apresenta todas as suas credenciais.
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Terans, que baixou a rotação durante várias partidas, foi negociado da mesma forma que o zagueiro Zé Ivaldo assinou pré-contrato com o Cruzeiro.
Em compensação, Vitor Roque já foi negociado com o Barcelona e continua se aplicando em campo. Talvez ainda não tenha caído a ficha de que, no clube catalão, vai simplesmente substituir a lenda Lewandowski.
O zagueiro Pedro Henrique sofreu fratura em meio a negociação com outro clube, ao mesmo tempo em que chegou o veterano chileno Vidal para tentar dar um toque de classe ao meio de campo.
Não é pouca coisa para um time cercado de tantas expectativas no restante do Brasileirão e da Copa Libertadores da América.
Mas é preciso voltar a ganhar jogos o quanto antes e recuperar a confiança junto aos seus apaixonados torcedores.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...