Afundamento técnico da dupla Atletiba agita o futebol paranaense
Após os dramas vividos pelo Paraná Clube nos últimos anos, a permanência do Londrina na Série C e a irregularidade do Operário na Série B, agora o afundamento técnico da dupla Atletiba agita o futebol paranaense.
Vítima de péssimos gestores institucionais nos últimos anos, além da trágica morte do presidente Renato Follador Junior, que era uma grande esperança diretiva pela competência e seriedade profissional, o Coritiba mergulhou em uma crise sem precedentes.
E o único caminho encontrado foi a celebração de um contrato com o grupo de investimentos Treecorp dentro dos termos da lei da Sociedade Anônima do Futebol.
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Em um primeiro momento, os novos gestores saldaram as dívidas mais urgentes, alongaram outras tantas e trataram de conter a sangria financeira que ameaçava a própria existência do Coritiba. Para o torcedor, entretanto, a expectativa gerada foi de que um grande time seria formado e tudo voltaria aos bons e velhos tempos de glória esportiva.
Mas a SAF precisa ser entendida para que se façam as cobranças, afinal, as contas estão sendo pagas e a promessa de ampla recuperação patrimonial permanece. Contudo, no futebol, as coisas dependem de diversos fatores.
Entre tantos, encontrar CEO’s, coachs, executivos, técnico e outros efetivamente competentes em um mercado carente de mão de obra qualificada. O futebol brasileiro atravessa grande crise, tanto para encontrar bons gestores, quanto treinadores e, sobretudo, jogadores de categoria.
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Por isso, a campanha do Coxa na Série B é absolutamente irregular e sem nenhuma perspectiva segura de que terminará bem a temporada.
A realidade é dura para o Athletico
Com a promessa da formação de um grande time para o ano do centenário, os dirigentes do Athletico foram às compras e se lambuzaram do piso ao teto.
Trocaram cinco treinadores em dez meses, contrataram e dispensaram executivos à vontade e reuniram um grupo de jogadores de segunda categoria. O atual time não responde em campo nem tática, nem técnica e muito menos emocionalmente. Parece um bando descompromissado com forte sotaque castelhano.
Antes que seja tarde, observa-se a necessidade de alguma intervenção externa para mudar o panorama no CT do Caju com reflexos nas atuações dentro da Ligga Arena, onde a nove partidas a equipe não vence pela Série A do Brasileirão.
É impressionante, mas a realidade é dura e crua para a torcida atleticana.
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...