Petraglia pode me chamar de "rato de academia"
Pouco conhecida até agora, já que foi criada há dois anos com sede em São Paulo, a Academia Brasileira de Letras do Futebol surgiu para divulgar e incentivar a paixão do povo.
Com patronos ilustres nas suas quarenta cadeiras, a Academia futebolística reúne representantes de diversos estados, sendo que o Paraná conta com três membros: Heriberto Machado, professor e autor de muitos livros sobre o tema; Ernani Buchmann, jornalista e escritor que já ocupou a presidência da Academia Paranaense de Letras e eu, muito honrado pela lembrança.
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Trata-se de uma feliz iniciativa para aumentar o volume de informações históricas sobre o esporte mais popular do planeta, que se tornou coqueluche do povo brasileiro não só pela conquista do pentacampeonato mundial pela seleção, mas, sobretudo, pela quantidade de grandes craques que foram revelados em nosso país através dos tempos.
Tudo o que acontece no futebol mexe de alguma forma com o sentimento das pessoas. Os adjetivos usados pelos locutores esportivos reforçam as metáforas da vida: um lance sensacional, um drible, um gol, uma vitória, um título de campeão, assim como a dramaticidade do jogo, uma derrota ou o time que foi rebaixado, tudo mexe com a paixão popular.
O futebol, mais que qualquer outro esporte, nos faz ver que nossa humanidade se define toda no campo dos símbolos. Os símbolos são tão vitais quanto o ar que respiramos. O futebol, como forma de arte, firma o nobre pacto entre a eternidade do símbolo e a fugacidade do corpo.
Presidida pelo jornalista Severino Gomes de Oliveira Filho e tendo o comunicador Celso Unzelte como secretário geral, a Academia Brasileira de Letras do Futebol conta com nomes ilustres como Ruy Castro, Juca Kfouri, Luis Fernando Veríssimo, Paulo Vinicius Coelho, Mauro Beting, entre outros.
Como faço parte da Academia Paranaense de Letras, integrar esta nova instituição da cultura nacional muito me orgulha.
Como fui chamado de rato de rádio, pelo mal humorado dirigente esportivo Mario Celso Petraglia, aceito ser lembrado também como rato de academia.
Carneiro & Mafuz
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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...
