Opinião

A Torre de Babel do coronavírus

Por
Carneiro Neto
27/03/2020 19:07 - Atualizado: 29/09/2023 23:14
A Torre de Babel do coronavírus
| Foto: Ilustração: Pixabay

Gênesis, capítulo 11, versículos 1 a 9.

Viajando para o oriente, os homens encontraram uma planície e nela começaram a construir, com tijolos e betume, uma torre tão alta que elevaria o nome da humanidade aos céus.

Preocupado com tamanha ambição, Deus desceu à terra para ver a obra de perto e decidiu confundir a linguagem dos homens – que então era uma só – de modo que eles não mais se entendessem e, logo, não unissem esforços no término da torre.

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Esta é uma breve narrativa bíblica da Torre de Babel,
abandonada devido à cizânia criada pela multiplicação das línguas no mundo.

Bem, a Torre de Babel pode não ter sido concluída, mas acho
que o Brasil corre o risco de recriá-la durante a crise provocada pela pandemia
do Covid-19, o popular e aterrorizante coronavírus.

As autoridades públicas, médicas, econômicas e sanitárias simplesmente não se entendem mais.

O povo brasileiro já estava assustado com as ameaças do coronavírus, depois com o isolamento imposto pela quarentena com toda a dimensão dos riscos sociais e econômicos com o fechamento da industria, comércio e todos os serviços considerados não essenciais. Agora liga a televisão e fica com os cabelos em pé diante da guerra estabelecida entre o governo federal e os governadores dos estados.

E tem médico tratando do problema conforme a sua ótica, ou
seja, confundindo ainda mais a cabeça das pessoas.

Autêntica Torre de Babel que só serve para aumentar a preocupação e insegurança da população.

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Falta unidade, critério, bom senso, choque de vaidade, enfim um rosário de providências para mudar o cenário assustador que é apresentado, a todo momento, nos mais diversos noticiários.

No futebol não tem sido diferente.

Enquanto os dirigentes se preocupam com as combalidas
finanças dos clubes, os jogadores não admitem abrir mão de nenhuma vantagem
garantida pelos contratos milionários assinados com os grandes times.

Os pequenos times já estão encerrando as suas atividades por conta da crise e os grandes também estão sentindo os efeitos da bola parada.

Positivamente o momento é de profunda preocupação e requer muita reflexão por parte daqueles que tem responsabilidades com a sociedade.

Que Deus nos ajude !

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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