Opinião

A montanha russa do Athletico é perturbadora

Por
Carneiro Neto
06/05/2022 11:46 - Atualizado: 04/10/2023 16:45
A montanha russa do Athletico é perturbadora
| Foto: Staff Images/CONMEBOL

Antes de sofrer cinco gols de cabeça na terrível goleada sofrida em La Paz, o time do Athletico mostrou organização tática, objetivo e chegou até a criar situações para a abertura da contagem.

Portanto, se existiu um responsável pelo maior vexame da história recente do Furacão, este não foi apenas o demitido Fábio Carille.

Ele organizou tudo de acordo com os recursos humanos colocados à sua disposição.

Ou seja, teve de improvisar Erick na ala direita pela falta de melhores opções no elenco; teve de reorganizar o miolo da zaga com os desfalques dos titulares Thiago Heleno e Pedro Henrique; escalou o ataque com os velozes Cannobio e Vitinho pelos lados da área e tentou mais uma vez o ponteiro Marcelo Cirino como centroavante.

Vitinho desperdiçou duas boas chances de gol e o zagueiro
Lucas Halter cabeceou uma bola no travessão da meta boliviana.

Só que Marcelo Cirino jamais funcionou como pivô no ataque ou mesmo tentou alguma incursão como avante. Não é a posição dele e erra quem insiste com essa opção.

O único erro grave de Fábio Carille foi não ter iniciado com o meia Terans, disparado o melhor jogador do atual grupo atleticano.

Vergonheira dos zagueiros à parte, caiu o técnico como já havia caído Alberto Valentim e, na partida com o Ceará, a equipe será comandada pelo auxiliar Wesley Carvalho.

Até agora ninguém conseguiu entender as contratações e imediatas dispensas dos renomados profissionais Ricardo Gomes e Carlinhos Neves. Tampouco o afastamento do competente supervisor-técnico Paulo Autuori.

Outros de menor fama também foram afastados, inclusive o jovem Bruno Lazaroni.

E os jogadores continuam chegando aos magotes no CT do Caju
sob a direção do discutido Alexandre Mattos.

A montanha russa atleticana é perturbadora.

Mas tem mais: Felipão foi contratado como novo chefão da bola.

Sim, o mesmo Felipão que demorou para acertar a seleção brasileira na conquista do pentacampeonato mundial. Só resolveu o drama da ligação do meio-campo com o ataque com o paranaense Kléberson, do Athletico, no lugar de Juninho Paulista.

Os desconcertantes 7 a 1 para a Alemanha, na Copa do Mundo
de 2014, encerraram a carreira de Felipão na seleção.

Mas aí está o veterano treinador pronto para embarcar na monta russa atleticana. Apertem os cintos!

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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