A inevitável reformulação dos elencos da dupla Atletiba
Athletico e Coritiba vêm trilhando caminhos opostos nas últimas temporadas.
Enquanto o Coxa não ganha nenhum título há alguns anos, mudou várias vezes de presidente, trocou técnicos, jogadores, caiu e subiu duas vezes seguidas da Série A para a B, o Furacão mantém a sua programação normal.
Ou, por outra, os profissionais seguem a cartilha escrita pelo presidente Mario Celso Petraglia que, após a definitiva expansão patrimonial – ainda com acordo financeiro pendente junto ao governo estadual e a prefeitura de Curitiba -, consiste no seguinte: a contratação de um dirigente de futebol, que também pode atender pelo nome de CEO, supervisor ou gerente-geral.
Paulo Autuori é o dono da bola e sabe como executar o planejamento geral: contratar jogadores jovens para rápida exposição e consequente negociação por milhões. Foi assim com Renan Lodi, Bruno Guimarães, Pablo, Rony, Vitinho e tantos outros.
Alguns não deram muito certo, como o ala esquerdo Abner Vinícius, que ainda está devendo melhores apresentações, ou Matheus Babi, que se lesionou.
Mas, no geral, a maquininha de bons negócios não para de funcionar. E olha que as revelações das categorias de base foram fracas na última safra.
Com um time principal competitivo, apesar das poucas reposições com qualidade técnica, o Athletico ficou com o bi na Copa Sul-Americana e vai decidir o título da Copa do Brasil pela terceira vez em menos de dez anos.
O presidente Juarez Moraes e Silva, que cumpriu a promessa do falecido Renato Follador Junior, devolvendo o Coritiba à Primeira Divisão nacional, sabe dos grandes desafios que terá pela frente.
E surge inevitável a reformulação dos elencos da dupla Atletiba.
Os diagnósticos já começaram a ser feitos tanto na Arena da Baixada como no Alto da Glória, pois todos sabem que sem diagnóstico não há prognóstico, e sem prognóstico não há lucro !
Os dois times precisam de reforços.
O Alviverde muito mais do que o Rubro-Negro, mas se quiserem brilhar em 2022 necessitam ser audaciosos e, sobretudo, felizes nos investimentos.
O Coritiba tem a responsabilidade inicial de tentar recuperar o título estadual, não fracassar de novo na Copa do Brasil e, sobretudo, realizar boa campanha no Brasileirão.
O Athletico terá um belo calendário, tanto no plano nacional quanto continental, mas todos reconhecem a necessidade de enriquecer o padrão técnico da equipe.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...