Opinião

A arte de fazer e de evitar gols no futebol

Por
Carneiro Neto
27/01/2023 11:24 - Atualizado: 04/10/2023 23:00
A arte de fazer e de evitar gols no futebol
| Foto: Atila Alberti/UmDois Esportes

Dizem que o poeta português António Botto ia pela rua de braço dado com um marujo, a caminho de casa.

O célebre Fernando Pessoa cruzou com o casal e alertou o amigo: “Ô António...na Sexta Feira Santa?” Botto, rápido no gatilho, justificou com inspiração: “Marinheiro é peixe”.

Uma vez que não existe pecado do lado de baixo do Equador, talvez muitos não entendam o alcance desta historinha.

Para quem gosta de futebol, pecado mesmo é perder um gol frente a frente com o goleiro. Ou pecado maior é o goleiro aceitar uma bola fácil, o popular frango.

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A arte de fazer e de evitar gols no futebol está sendo exercitada pelas equipes nas primeiras rodadas dos campeonatos estaduais em andamento. No que nos concerne, o Campeonato Paranaense surpreende positivamente.

A dupla Atletiba mantém a supremacia, mas os times do interior melhoraram a qualidade técnica. Observamos grande esforço da maioria em tentar chegar à marcação do gol.

Na última rodada, por exemplo, com a Arena da Baixada maravilhosamente colorida pela presença de senhoras, senhoritas e crianças, o treinador Paulo Turra passou no teste estratégico, mas os jogadores deixaram a desejar nas finalizações.

Ou seja: taticamente o Athletico foi perfeito, assinalando dois gols de saída e criando pelo menos uma dúzia de oportunidades. Marcou apenas mais um gol. Tudo por causa da falta de precisão ou inabilidade mesmo dos atacantes. Um desperdício.

Em Maringá, mesmo não fazendo grande exibição, o Coritiba venceu com um gol de pênalti e o goleiro Gabriel cumpriu a sua função evitando o gol de empate.

Sem sofrer gols, mérito ao treinador António Oliveira, que armou corretamente o time e já percebeu que falta alguma coisa para acertar de vez o meio de campo.

Muitos espaços foram cedidos a adversários como Rio Branco e Maringá, os quais só não chegaram à marcação de gols por absoluta falta de sorte. Mas o início promissor indica que teremos um bom campeonato até o final.

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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