Na volta do Athletico, a torcida queria saber: “Petraglia, onde está o dinheiro?”
O Athletico ganhou do Paraná por 2 a 1, mas isso não significou nada para os 25 mil atleticanos que foram à Baixada.
É que, deixando o atleticanismo em casa, levaram o sentimento de revolta pelo rebaixamento. Explica-se, então, a pergunta que irá transformar-se em uma oração durante 2025:
“Petraglia, cadê o dinheiro?”.
Isso quer dizer o seguinte: não serão os atos populistas improvisados do presidente Mario Celso Petraglia que irão devolver o atleticanismo à Baixada.
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Engana-se que, atraindo os atleticanos que estão marginalizados pelo principío de que “futebol não é para pobre”, não têm o mesmo sentimento daqueles “falacianos” que durante 30 anos financiam o Furacão.
Ao contrário, por ficarem fora da Baixada durante esse tempo, só podiam ver o Athletico olhando pelo coração.
E o coração dos “pobres”, como no Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, “quebrou-se como um bocado de vidro. Quis viver e enganou-se”.
O golpe do rebaixamento deixou tantas marcas, que essa cura será impossível em 2025. Petraglia terá que romper com todos os seus princípios, inclusive o de prestar contas do dinheiro do Athletico a esse povo.
O atleticanismo precisa de uma cura interior.
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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...
