Vitor Roque lembra Ronaldo Nazário. Lembrará o Fenômeno?
Sul-Americano, Sub-20, El Campín, Bogotá.
Acuado pelo Equador, o Brasil era sustentado pelos milagres do goleiro Mycael, nascido no Athletico. Mas daí, aos 13 minutos, uma bola vai ao campo equatoriano com Vitor Roque, educado no Athletico.
A meta do Equador estava longe demais. Não obstante, Vitor Roque resolveu fazer o que só raríssimos eleitos têm capacidade: com a bola dominada, primeiro usando o corpo, ganhou no tranco de um zagueiro. Depois, com a bola e espaços submissos ao seu talento, foi em frente, em linha reta, driblando um, dois, três equatorianos para finalizar o goleiro Napa. Gol do Brasil.
Vitor Roque tem 17 anos de idade. Comparações são perigosas, mas no futebol, em razão de que não há um conceito para o tempo presente, passado e futuro, são inevitáveis. Ao ganhar, vencer a zaga no corpo e no drible em velocidade para marcar o gol, Vitor Roque lembrou em tudo e por tudo Ronaldo Nazário.
Aos 17 e 18 anos, quando ainda era Ronaldinho no Cruzeiro e no PSV Eindhoven, esse modelo de gol já era a sua referência até ao lendário gol contra o Compostela (1995-1996), pelo Barcelona, quando se tornou Ronaldo Fenômeno.
Vitor Roque já lembra Ronaldo Nazário.
Será que chegará a lembrar Ronaldo Fenômeno?
Não duvide.