Vitor Roque: ficar ou não ficar no Athletico, eis a questão
Se for finalizada a cessão dos direitos de Vitor Roque em favor do Barcelona, o Athletico deveria entregá-lo de imediato. Do contrário, Vitor Roque pode vir a ser frustrante até a sua entrega.
Não se trata de desvalorização monetária, porque o preço e as condições do negócio já estarão consolidados como ato jurídico perfeito. Jogando bem ou não, fazendo gols ou não, Vitor Roque já será do Barcelona e irá embora em janeiro. A questão é saber se Vitor Roque terá a mesma entrega de correr riscos físicos que são inerentes à prática do futebol.
Agora mesmo tenho a lembrança da indisposição de Vinícius Junior de submeter-se a esses riscos quando vendido ao Real Madrid - ficou jogando pelo Flamengo durante um ano. Com um contrato milionário a ser cumprido, Vinícius só voltou a ser o extraordinário jogador quando foi para Madrid.
O exemplo mais recente está sendo o do menino Endrick, do Palmeiras. Negociado por R$ 160 milhões com o Real Madrid, assinando um contrato que vai lhe tornar milionário antes dos 20 anos, Endrick não quis se expor fisicamente e hoje é preservado como reserva.
O único motivo para Vitor Roque ficar jogando no Athletico até janeiro de 2024 é o fato de que, a médio prazo, seria insubstituível em qualquer time brasileiro. Poupado, talvez continue sendo melhor do que qualquer outro. Parado entre os zagueiros, de repente, uma ou outra bola ele transforme em gol.