Por que Vitor Roque deveria jogar o Mundial
Não entendo que o Athletico deva negar a Vitor Roque o direito de jogar o Mundial Sub-20. E o motivo imediato não é o de que se frustra o sonho do menino. O futebol atual de mercado, em que clube e jogadores transformaram o dinheiro em ideal, não pode mais ser mais assistencialista de sonhos como era no passado.
O argumento de que Vitor Roque é o único atacante e que o time precisa tê-lo nos próximos 12 jogos deve ser tratado como relativo para poder ser revisado. O diretor técnico Luiz Felipe Scolari sabia ou deveria ter consciência desse fato no início da temporada. No entanto, determinou que se prestigiasse Pablo, Cuello e Canobbio como atacantes, ignorando esse futuro que agora chegou.
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É natural que Vitor Roque sinta o impacto emocional de ser impedido de jogar um Mundial. Aos 18 anos de idade, não tem ainda a capacidade de absorção de algumas frustrações que exprimentamos na juventude.
Mas o grande perigo é outro, e com ele, o Athletico concorre com o seu interesse econômico. Deixar Vitor Roque como o único obrigado a dar soluções individuais à desordem tática que o treinador Paulo Turra incorporou ao time é correr um risco muito grande de desvalorização.
Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...
