Na vida, sempre há tempo de recomeçar. Só que, às vezes, o novo recomeço exige prudência, não permite apostas que aumentam riscos que podem ser evitados.
O Athletico é o grande exemplo do futebol brasileiro de um clube que abusa do direito de recomeçar. Apostando em Martín Varini, um jovem uruguaio que, ainda, não terminou a fase de estágio para ser treinador, recomeçou pela terceira vez a sua vida em 2024.
Quer dizer que, no período do ano em que tudo deve estar estabilizado no comando técnico e no time, o Furacão recomeça tudo de novo. É o que acontece com quem cresce por dinheiro e não por ideias.
Na Baixada, pela Copa do Brasil, ganhou por 3 a 0, do Ypiranga, de Erechim, um time de terceira categoria nacional. Seguindo em frente no torneio com um novo treinador, fez o que mais sabe fazer nos últimos, que é o de vender ilusões para a sua torcida.
Fernandinho é um único que não vende mentiras. É um
doador de verdades e alegrias.
Quando o Athletico batia a cabeça para fazer o primeiro gol, em um lugar pela direita, que não havia ângulo de visão para um jogador comum, Fernandinho ganhou uma bola, e descobriu uma fresta na meta gaúcha. Com um chute cruzado, improvável para os
mortais, realizou mais uma de suas belas obras pelo Furacão.
Os outros gols, ambos de forma casuística, de Julimar e Di Yorio, e o placar de 3 a 0, serviram apenas para o Furacão cumprir a obrigação.
O Athletico, que sempre um projeto definitivo para o futebol, passou a viver um dia de cada vez. Isso quer dizer que logo terá que recomeçar outra vez. E no futuro recomeço, estará um novo treinador, e Christian, Pablo, Thiago Heleno, Cuello, Di Yorio, Erick…