Valentim e a fórmula para explodir o Furacão
Brasileirão, Baixada: Athletico 0 x 1 Fluminense
O argumento para a derrota já é velho: o Furacão teria perdido porque jogou com os reservas. Agora, para guardar os seus recursos para as semifinais da Copa do Brasil contra o Flamengo.
Então, pergunto: com Alberto Valentim no comando, o Furacão inteiro teria ganho? Não seria possível apostar.
A simples dúvida, portanto, derruba o velho argumento.
Seria até um debate para mesa de um bar depois do jogo, se não fosse um detalhe: o time reserva do Athletico não é inferior ao time titular Fluminense. Olho por olho, são dois times iguais. O Furacão perdeu porque, outra vez, foi mal alinhado por seu treinador Alberto Valentim.
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Não se condene Zé Ivaldo pelo gol contra que decidiu o jogo aos 33’ da etapa inicial. A bola cruzada por Samuel Xavier só chegou à sua cabeça, porque o goleiro Santos saiu mal do gol, apanhando-o de surpresa.
O gol seria absorvido se não fosse o segundo detalhe: à falta de capacidade de Alberto Valentim para ordenar o que desordenou, somaram-se a mediocridade de Carlos Eduardo, a fragilidade de Pedrinho e Nico Hernández, e a má vontade de Pedro Rocha e Bissoli. Unindo todos os elementos, tem-se uma fórmula que acionada tem consequências danosas.
Quando Valentim introduziu Márcio Azevedo no campo, agrediu a torcida que foi a Baixada. Foi a forma solene de Valentim entregar o Furacão ao sofrível, em razão da inexperiência, time do Fluminense.
E o 1 a 0 até que ficou barato. Houve um pênalti sobre John Kennedy que o VAR interveio marcando um impedimento que não existiu. E, no final, o velho Manoel perdeu um gol que cansou de fazer pelo Furacão.
Apenas um jogador salvou as aparências: Lucas Frasson.
Prepare o feijão preto que estou voltando.