Uma França fria derrota as ilusões de Marrocos
A ilusão tem o poder de nos guiar, mostrar o caminho certo. Mas por maior que seja, esgota-se. Surge a realidade e essa pode mostrar o quanto aquela era pequena.
O futebol recepciona essa verdade. Quando faz a realidade prevalecer é essa que vai dar a solução para um jogo.
Eram imensas as ilusões do Marrocos nessa semifinal com a França. E ilusões justas, próximas do direito de ter esperança. E nenhuma foi gratuita ou por acaso. Os árabes deixaram pelo caminho Bélgica, Espanha e Portugal com uma conduta técnica e tática irrepreensível.
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E quase com esperanças foi jogar a semifinal com a França. Jogou, correu, teve períodos de supremacia, mas chegou um momento em que o jogo exigiu solução. E aí prevaleceu a qualidade para decidir dos franceses.
Os gols de Théo Hernández e de Kolo Muani foram consequência da realidade imposta pela França para apagar o fogo árabe: fria, mesmo correndo riscos de sofrer gol, com o Mbappé, Griezmann e o excepcional Tchouaméni, calculou sempre o momento de decidir.
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