Uma derrota compreensível (e injusta) do Furacão
Pelo Brasileirão, na Baixada, Athletico 0x1 Atlético-MG.
Detalhe: porque vai decidir a Sul-Americana no sábado (20), contra o Bragantino, em Montevidéu, o Furacão iniciou esse jogo com o Galo com a base reserva e terminou-o com a base sub-20.
Em outras ocasiões, essa alternativa era e foi criticada. Mas, agora, foi absolutamente correta. É quando a coerência intervém como virtude de comando.
Se há muito o que jogar, perder ou ganhar em Montevidéu, esse jogo com o Galo teria que ter sido tratado da forma como foi. É que esse acabou sendo um jogo isolado no contexto, e o seria, assim, em qualquer hipótese. As pendências que o Furacão têm ainda que resolver no Brasileirão não seriam resolvidas nesse jogo colocando em risco os seus planos de Montevidéu.
E vejam só como é o futebol.
A vitória anunciada do Galo foi conquistada num ambiente de drama. Acuados, com os mineiros buscaram na etapa final sustentá-la na defesa, inclusive, com chutões. O gol de Zaracho, aos 44’ do 1º tempo, acabou sendo um lance isolado para o líder, quase ocasional, diante do equilíbrio que o Furacão alcançou. E só saiu em razão da qualidade técnica de Keno, Hulk e Zaracho, que fizeram uma linha de passe em um palmo de gramado.
E, afirmo mais: na etapa final, a partir da entrada de Pedrinho na lateral esquerda, Rômulo e Bissoli no ataque e, com o avanço do seu meio, o Athletico exerceu supremacia sobre o time de Cuca, que foi visto beijando a medalhinha de Maria. E, se empatasse, não seria por acaso.
O mais relevante acontecia longe da Baixada. No CT do Caju Santos, Marcinho, Thiago Heleno, Pedro Henrique, Nico Hernández, Abner, Erick, Cittadini, Terans, Nikão e Kayzer, treinavam.
Há derrotas compreensíveis, mesmo que sejam injustas.