Um empate protocolar do Furacão em Pato Branco
A compreensão é uma virtude, aprende-se na execução da vida. Mas, tem limite. No futebol em que é difícil haver compreensão interior, em regra, o limite é o resultado. Tratando-se do Athletico nesse início de ano em que se propõe um novo projeto, esse limite não deve ser imposto em um torneio em que de doze, oito clubes de classificam para as fases eliminatórias. É certeza de que o Furacão lá estará.
No entanto, compreender não significa necessariamente aceitar. É compreensível que o treinador Juan Carlos Osorio busque ter pleno conhecimento de cada jogador do CT do Caju, e os faça circular jogando nesse início de Estadual.
Experiente, capaz e sem ter nenhum outro compromisso com a realidade que a torcida do Athletico quer ver, o doutor Osorio teve concluir logo que não há muito que testar.
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Esse empate sem gols contra o sofrível Azuriz, em Pato Branco, mostrou o que toda torcida já sabe e que ele, agora, deve ter ganho consciência. Não é possível projetar a formação de um time com Rômulo, Jader, Julimar, Danielzinho, Vinicius Kauê. Já testados e reprovados por vários treinadores, são opções impensáveis para o time que foi prometido para ganhar títulos no centenário. Ainda mais juntando-se a Cuello, que soma à falta de qualidade, a má vontade.
Concordo com o doutor Osorio em praticar o que chama de rodízio nesse inicio de ano, e em um torneio vazio como o Paranaense. Só pode-se confundir a busca do conhecimento com a prática de um protocolo que é jogar o Estadual. E, aí, sem a exigência de resultados, o tempo vai passando e perde-se o período mais importante da preparação para a temporada.
Lá em Pato Branco, foi deixada uma porção da compreensão que deve existir por parte da torcida.