Um bom Furacão sai na frente do Santos: 1×0
Na Baixada, pela Copa do Brasil, Athletico 1x0 Santos.
Entre dois times iguais, em uma disputa em dois jogos, pode ser contraditório, mas o 1 a 0, às vezes, pode ser motivo de lamento pelo torcedor.
Deveria ganhar por dois ou três, é a questão que o espírito do torcedor do Furacão deve estar provocando. Pois lhe afirmo: não só deveria, como foram criadas condições na etapa inicial para sê-lo.
Nesse período, o Athletico foi tão superior que as oportunidades não se limitaram a bola que, aos 16’ vinda de escanteio foi para Kayzer, de cabeça, marcar. Outras foram criadas pela esquerda com o bom jogo do jovem Jader, ou pela direita com os chutes de Nikão, que transformaram o goleiro João Paulo como o melhor em campo.
Pelo que aconteceu na etapa final, não havia outra solução para o Athletico a não ser de manter o 1 a 0. Ao contrário, depois que o árbitro Marcelo de Lima Henrique errou ao não marcar o pênalti no movimento com o braço de Kayzer para dominar a bola, não poderia correr riscos de uma compensação tão comum na arbitragem brasileira. Não foi por coincidência, mas, por compensação, o gol legítimo de Mingotti foi anulado.
Ainda mais que o Furacão cansou como cansam todos os times do futebol brasileiro que, pela limitada qualidade técnica, precisam ir à exaustão física para ganhar. Bem por isso que Flamengo, Galo e Palmeiras não cansam.
A vitória por 1 a 0 deixa de ser simples pelo jogo correto que o Furacão fez: equilibrado para impor as suas virtudes e corrigir os erros.
Com Pedro Rocha, deve se recompor o mesmo esquema que tinha com Vitinho. O pouco tempo que jogou já é bem mais do que Carlos Eduardo joga. A boa nova foi o menino Jader, que em dois ou três lances mostrou qualidade para antecipar o futuro.
Há muitas madrugadas até o jogo em Santos.
A torcida é para que Fernando Diniz, até lá, não seja demitido.