Sem Cuca, Athletico perde no Mineirão. A derrota foi de Petraglia
Sem Cuca, no Mineirão, o Athletico perdeu para o Cruzeiro, 2x0. Com Cuca, seria previsível, também, perder. Cuca, mais do que traidor, foi malandro.
Eis a grande verdade, diria Nelson Rodrigues: é que Cuca, o único que sabia de futebol no CT do Caju, tinha consciência de que esse time já havia alcançado o limite. Bem por isso, concluiu que nem mesmo com ele poderia ir além do que estava jogando.
A traição de Cuca no sentido de obrigação moral com o Athletico é uma coisa imperdoável. Como escrevi, Cuca foi o Joseph Fouché, o traidor francês, da história do Furacão. Mas o erro de Cuca e os os erros de Petraglia no comando do futebol são bem diferentes.
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Bem analisados, foram mais graves do que a própria traição de Cuca. O presidente Mario Celso Petraglia que não venha com o populismo de que o ano é do centenário. Nem o CEO Alexandre Leitão, que está se revelando apenas um porta-voz do planalto.
Cuca estava fora dos planos do Furacão, quando Petraglia e seu lugar-tenente, Marcio Lara, contrataram Juan Carlos Osorio, um treinador de fama internacional.
Petraglia autorizou gastos milionários de Marcio Lara no Athletico
Antes de Cuca, Petraglia autorizou Marcio Lara (não ignorem esse nome) a gastar R$ 80 milhões em Léo Godoy, Gamarra, Benítez, Felipinho, Mastriani, Zé Vitor e Di Yorio. Só com Di Yorio, Marcio Lara comprometeu o Athletico em R$ 23 milhões.
E Henrique Gaede, representante de um grupo que alcançou 48% na última eleição disputada, ainda não provocou o Conselho de Ética para apurar a responsabilidade de Marcio Lara e de Petraglia na contratação de Di Yorio.
Por bem menos, atleticanos históricos tiveram que responder processos pela contratação de Morro Garcia. Esse é o resumo da derrota previsível do Athletico no Mineirão.