Sem ação de Petraglia, o Athletico corre risco
Eis a grande verdade: perdendo pontos preciosos e de ganho obrigatório na Baixada, o Athletico brinca com fogo. A vaga direta na Libertadores, que se tornou uma obsessão em razão do seu centenário, vai ficando comprometida a cada rodada do Brasileirão.
Há jogos a serem jogados e há equilíbrio entre todos os concorrentes, é verdade. Ocorre que não há nenhuma perspectiva de melhora. Desde que Wesley Carvalho foi improvisado no comando técnico, o Athletico teve apenas momentos eventuais de bom futebol, que nunca continuaram.
+ Confira todas as colunas de Augusto Mafuz no UmDois
Não se trata de tese para criar uma verdade, mas de fato concreto. Adote-se como exemplo o empate em 2 a 2 com o Fluminense, na Baixada. Com um time integralmente reserva, que executa com fidelidade as ideias de Fernando Diniz, os cariocas dominaram o Furacão do princípio ao fim. Se não ganharam foi porque Léo Linck no gol e Vitor Roque na última bola do jogo, não deixaram. Intervenções individuais salvam muitos treinadores.
+ Confira a tabela completa do Brasileirão
Fora do plano tático não é possível outra explicação para essa supremacia dos reservas cariocas. Nem mesmo a redução a 10 jogadores, com a expulsão de Vinícius Kauê na etapa inicial, coloca em dúvida essa verdade. Antes da expulsão, o Fluminense já tinha o domínio. E, contra um time reserva, o Athletico tinha a obrigação de no mínimo ser equilibrado.
Certa vez, Mario Celso Petraglia falou a Paulo Autuori que o cargo de treinador do Athletico não é de ninguém, “é meu”. Com razão, pois treinador é cargo de confiança. Entendo que chegou o momento de o presidente falar a Alexandre Mattos que o cargo de treinador “continua seu”.