Augusto Mafuz

A seleção é o exemplo da podridão do futebol brasileiro

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Augusto Mafuz
26/03/2025 12:22 - Atualizado: 26/03/2025 12:22
Vini Jr pouco pode fazer para ajudar a seleção contra a Argentina
Vini Jr pouco pode fazer para ajudar a seleção contra a Argentina | Foto: IconSport

Depois de Alemanha 7 x 1 Brasil, na Copa de 2014, houve quem pregasse de que o futebol nunca mais seria o mesmo.

E não foi mesmo por um fato: o Brasil não acreditou que aquele cataclisma do Mineirão era a afirmação definitiva de que o seu futebol já estava no fundo do poço. Ser goleado e eliminado da Copa, eram outra coisa. 

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Embora tenham passado 11 anos daquela hecatombe, a goleada de 4 a 1 da Argentina, no Monumental de Nuñez, teve as mesmas características e os mesmos motivos dos 7 a 1, do Mineirão.

Argentina passeou contra o Brasil nas Eliminatórias. Foto: IconSport
Argentina passeou contra o Brasil nas Eliminatórias. Foto: IconSport

Porque algumas consequências negativas da vida (e no futebol, não é diferente), prologam-se no tempo, é possível afirmar que a goleada de Nuñez nada mais é consequência dos 7 a 1, do Mineirão.    

Como no Mineirão foi a Alemanha, no Monumental de Nuñez, a Argentina foi superior técnica, tática, física e emocionalmente.

O treinador Dorival Júnior é um problema.

Pela falta de ideias e, quando as têm, pela falta de capacidade de executá-las, deve ser demitido. 

Como foi Fernando Diniz que, por ambição de ser diferente, tornou-se teimoso ao manter as suas propostas modernas já envelhecidas. Como foi Tite durante 8 anos, por criar um grupo de jogadores e manter-se fiel a eles, ao ponto de afirmar que “Daniel Alves transcende ao futebol”.     

Treinador não é principal problema da seleção brasileira

 O treinador brasileiro, em geral, transformou-se em um problema, sem dúvida. Mas,  tratando-se de seleção brasileira, não é o maior dos problemas. 

A estrutura do futebol brasileiro começou a apodrecer desde 1998, quando surgiu a Lei Pelé.

Os agentes associaram-se com dirigentes e, sem terminar a sua formação, o jogador passou a ser negociado para o exterior. Em um negócio, são raros os dirigentes que não saem com uma fatia do preço.

Dorival não conseguiu trazer resultados para a seleção. Foto: IconSport
Dorival não conseguiu trazer resultados para a seleção. Foto: IconSport

Criou-se uma espiral de negócios, que alcançou a seleção brasileira em cheio. Como a CBF nunca foi um exemplo de ética, permite que o treinador, mesmo de forma involuntária, seja influenciado pelo interesse desses negócios.

Só para tomar como exemplos recentes, não há explicação para introduzir no grupo, ao mesmo tempo, Murillo, João Gomes, Joelinton, Mateus Cunha, João Pedro, Vanderson e Ederson. 

Bem por isso, não há interesse desses segmentos envolvidos, que uma autoridade em futebol e ética assuma a administração da seleção. 

Ednaldo Rodrigues reeleito e o "vatapá" das Federações

Vejam só. Em 6 anos no comando da Argentina, o treinador Lionel Scaloni convocou 40 jogadores. Em 14 meses no comando do Brasil, Dorival Júnior convocou 50 jogadores.

Desses, oitenta por cento jogam no exterior

E quando há uma esperança de mudar esse estado de coisas, as Federações e os Clubes reelegem o baiano Ednaldo Rodrigues para a presidência da CBF. As Federações são compreendidas porque recebem um “vatapá” por mês. Não compreendem-se os clubes.

Desculpem, todos devem ser compreendidos.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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