Santos 2×0 Athletico. “Baixada, temos um problema”
Um estrondo. Era a explosão de um tanque de oxigênio provocando danos à Apollo 13 na viagem à Lua. Então, o astronauta Jack Swigert (Tom Hanks, no filme) pronunciou a frase que eternizou a mensagem definitiva de alerta para a vida: “Houston, temos um problema!”.
E lá se vão três jogos sem o Athletico ganhar no Brasileirão. De nove pontos, ganhou dois e, ainda, assim contra Avaí, que é certo que será rebaixado, e Cuiabá, que talvez seja rebaixado. Agora perdeu para o Santos, na Vila Belmiro: 2x0.
Antes o Athletico jogava demais. Agora parece que jogar de menos, provoca um relaxamento no físico, no espírito e na ordem de jogo.
O seu jogo em Santos teve estágios diferentes. Na etapa inicial foi ruim, na final medíocre. Nem mesmo adotou o jogo conservador de Felipão, que é o de se defender e esperar por uma bola de contra ataque. Não se defendeu, não marcou e não atacou.
Na defesa, Thiago Heleno e Matheus Felipe pareciam dois estranhos. Às vezes, ficam em uma linha aberta escancarando o gol de Bento para Ângelo, Marcos Leonardo e Luan. Explica-se, aí, que Luan, aos 35 minutos, entrou no meio da zaga e de cabeça e de costas para o gol, marcou o primeiro do Santos. Nesse primeiro tempo, o Athletico não chutou uma única bola contra o gol de João Paulo.
O segundo tempo foi pior. Embora tenha ganho mais condições ofensivas com Marlos e Vitor Roque, o time continuou desorganizado no meio. Criou uma única chance com Marlos e Vitor Roque.
Perdidos na área, sem proteção, Thiago Heleno e Matheus Felipe começaram a sair da zaga. Nos buracos abertos por essa desorganização, Lucas e os excelentes Marcos Leonardo e Ângelo perderam gols às pencas. Mas no último minuto (46) foi inevitável Bento segurar a massa de jogadores santistas. E fez contra: 2x0.
O time só irá reagir se Felipão admitir que o time está desconcentrado e desorganizado. E que esses são problemas para o técnico resolver. De repente, surgem outros problemas e a final da Libertadores logo irá chegar.