Saindo da escuridão, o Coritiba ganha e sai da zona
É compreensivo de que a diretoria do Coritiba seja intransigente com as restrições financeiras do caixa. No entanto, as questões básicas, como a revisão do sistema de iluminação do Couto Pereira, não podem ser ignoradas.
Foram constrangedores os quarenta minutos de espera para o início do jogo com o Fortaleza. Com as inovações em todos os segmentos, é um desconforto para a instituição retardar o jogo. Mais ainda, servindo de motivo para o engraçadinho narrador de televisão vibrar a cada lâmpada acesa.
Saindo da escuridão, o Coritiba parecia iluminado.
O jogo nem bem tinha começado, a bola foi com Alef Manga na esquerda, que cruzou para Léo Gamalho, no meio. De cabeça, marcou de cabeça: 1x0. Foi o máximo para quem precisava sair da escuridão da zona de rebaixamento.
Era tudo o que o Coritiba precisava para tornar ainda mais frágil o time reserva do Fortaleza. Ao invés de impor no ataque, recuou.
Coritiba entrou e saiu da escuridão em minutos
Para a etapa final com Pikachu e Lucas Lima, o Fortaleza voltou melhor. O Coxa ao contrário, sem Alef Manga, perdeu a velocidade e o elemento de contra-ataque
E a etapa final, assim, foi dirigida pelo Fortaleza. Pela submissão do Coritiba, o gol do empate cearense parecia um anúncio bíblico. Por coincidência, aos 39 minutos, Habraão pegou uma bola lançada por Romarinho e empatou, 1x1.
O Coritiba voltou à escuridão da zona de queda.
Mas, quando parecia o fim, o jovem José Hugo descobriu uma luz no final do túnel: no último segundo do último minuto, aos trancos, lutou e ganhou uma bola na intermediária cearense. De dentro da área chutou cruzado e venceu o goleiro Boeck: 2x1.
José Hugo foi o herói entre as 20 mil coxas que tiveram paciência e resignação com a escuridão antes e durante o jogo.