Opinião

Rubro-Negro é o Furacão. Humilha o Flamengo e vai decidir com o Galo

Por
Augusto Mafuz
28/10/2021 04:03 - Atualizado: 04/10/2023 17:22
Nicolás Hernández e Zé Ivaldo comemoram classificação do Athletico
Nicolás Hernández e Zé Ivaldo comemoram classificação do Athletico | Foto: Gustavo Oliveira/Athletico

Pela Copa do Brasil, Flamengo 0x3 Athletico.

Aconteça o que acontecer na final contra o Galo, nada apagará essa sua noite apoteótica do Athletico no Maracanã. Definitivamente, sempre haverá um Furacão na mente e na alma dos flamenguistas.

A amplitude da vitória pela supremacia tática e a goleada podem até ter um significado de surpresa, mas, a vitória em si, foi um fato natural.

Não é soberba, volte a ler, havia escrito de que o Furacão não era franco atirador. A sua grandeza exige respeito alheio e responsabilidade própria para competir em igualdade nesses momentos de decisão.

A goleada por 3 a 0 pode ter surpreendido apenas na teoria. Na prática, foi a rica e justa consequência do que ocorreu em campo.

Consciente que enfrentava o Flamengo sob o efeito de um ataque de nervos, renunciou quase todo o campo e a bola. A submissão, quando é proposital, engana o adversário, tornando-o ingênuo. Assim, o Athletico criou uma armadilha na qual os cariocas caíram: às cegas, foram ao ataque. Batendo de frente com um forte comandado pelo histórico goleiro Santos, ignoraram que as bolas longas, mesmo que eventuais, iriam chegar a Nikão. E, assim, aos 9’, Kayzer foi derrubado e Nikão marcou de pênalti: 1x0.

O Flamengo, que estava despreparado para qualquer situação que não fosse a de vencer, foi à loucura. Os seus milionários Gabigol, Andreas Pereira, Everton Ribeiro e Bruno Henrique eram tragados pela excelência do jogo do Furacão.

Com todos os setores parecendo ser únicos, tamanha a preciosidade da ordem, o Athletico sabia que uma outra bola iria para Nikão. E foi a que o grandioso meia recebeu aos 52’ de jogo, ainda, na etapa inicial, e chutou para a falha do goleiro Diego Alves: 2x0.

O segundo tempo acabou quase sendo mera formalidade. Consciente de que era um jogo em que a beleza estava na disciplina tática e na alma, os atleticanos maltrataram do Flamengo. Esse quis fazer das tripas coração para reagir, mas, foi muito pouco diante do tamanho que o Athletico adquiriu em campo. O máximo que conseguiu foi chutar algumas bolas para Santos voltar a se exibir no Maracanã.

E, aí, não satisfeito em ganhar, o Furacão quis humilhar. E conseguiu da forma mais improvável possível: o zagueiro Zé Ivaldo, o patinho feio ganhou uma bola na defesa, fez jogada de meia, lançou Pedro Rocha e foi receber como atacante. Na saída de Diego Alves, caixa: 3x0.

Nikão foi o melhor em campo.

Glória infinita ao Furacão.   

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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