Opinião

Quanto valem as camisas de Athletico e Coritiba?

Por
Augusto Mafuz
08/07/2021 18:35 - Atualizado: 04/10/2023 18:06
Quanto valem as camisas de Athletico e Coritiba?
| Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

Após a divisão da sua história em 1995, o Athletico ficou um bom tempo apenas com o símbolo CAP estampado na sua camisa. Curioso, perguntei a Mario Celso Petraglia, então presidente do conselho interventor: qual era a razão do Atlético (na época era sem o h), ainda, não ter cedidos os direitos de publicidade da sua camisa.

Petraglia me respondeu: “Sem publicidade e com vitórias, os espaços da camisa se valorizam. Isso irá provocar curiosidade no mercado. E, aí, o interessado pagara o preço que o Atlético exigir”.

Dito e feito: a “pureza” da camisa coincidiu com a volta do Furacão às conquistas do Estadual (1996), da Série B nacional, a volta ao Brasileirão, com as tranças de Oséas, os gols de Rink, as defesas de Ricardo Pinto, com o modernismo tático de Evaristo de Macedo, a vaga na Libertadores e, com a construção do CT do Caju e da Baixada.

Hoje, qual é o faturamento publicitário do Athletico na cessão de direitos dos espaços da sua camisa?

Lembrei dessa lição de Petraglia vendo as duas partidas do Coritiba contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. A ocasião poderia ser, como foi, a da única exposição nacional relevante do Coxa em 2021. No entanto, foi se exibir veiculando o nome de um cirurgião plástico, usando o argumento de “negócio pontual”.

Em dúvida, pensei: desespero financeiro ou amadorismo?

Confesso que em respeito ao grande clube, silenciei.

Mas, agora, na sua primeira entrevista como presidente do Coritiba, Juarez Moraes e Filho, falou: “Não vamos fazer contratos por valores insignificantes. É melhor jogar com a camisa branca. As negociações não pararam, estamos nos mobilizando, mas só as faremos à medida que a gente encontre parceiros que paguem o que vale a camisa do Coritiba.”

Dito de outra forma: o Coritiba passa a adotar o pensamento do Athletico de 26 anos atrás. Não é uma lição superada, pois o próprio Furacão continua a usando. Pela retração do mercado por força da pandemia, a parte frontal da camisa que é a “cereja do bolo”, ainda, não foi oferecida para negócio.

Quanto vale a camisa do Coritiba?

Está no bom caminho, sem dúvida.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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