Por que António Oliveira chora tanto?
Dizem, lá em Portugal, que aquele que chora demais é porque foi criado com mimos por duas avós. Talvez esteja aí a explicação para as reações chorosas do treinador António Oliveira, às vezes, quase infantis, quando é submetido às críticas e à pressão.
O seu desabafo após a derrota do Athletico para o Corinthians, afirmando que “estou aqui só de passagem”, revelou despreparo emocional para um cargo que, pela importância, recepciona a pressão e a crítica como elementos naturais. É uma função tão excepcional, que permite ser criticado até nas vitórias.
António, talvez, seja supersticioso. Há um provérbio português que diz “quem debulha em agosto, debulha de mau rosto”. O Athletico, no Brasileirão, em agosto só perdeu e, ainda assim, o treinador se apresenta como injustiçado pelas críticas.
Frágil emocionalmente, não ganhou a consciência de que, também, é uma das vítimas da política que o Furacão adota, de competir com o mínimo de investimento especulando com Kayzer, Zé Ivaldo, Márcio Azevedo, Jáderson, Canesin, Carlos Eduardo e Bissoli. Não se pode esquecer de que o presidente Mario Celso Petraglia sempre pregou em público que o custo benefício de um título, às vezes, balança contra o interesse final do campeão.
António Oliveira não viu nada, ainda. Fico a imaginar, nessa situação de quatro derrotas, ele introduzido no ambiente de caldeirão que é o da Baixada com a volta da torcida.
É bom que chegue logo setembro para Tóni.
Para os portugueses setembro é o mês de “colher e comer"