A última lição para Petraglia: técnicos não são iguais. E Autuori consegue trazer Nunes?
Houve um tempo em que para Mario Celso Petraglia "todos os técnicos são iguais". O simples fato de antes ter confessado que "não entende de futebol", a conclusão sobre treinadores se mostra irresponsável.
Bem por isso, há uma explicação pelas aventuras propostas pelo Furacão, cujas mais fortes ilustrações são Casemiro Mior, Fabiano Soares, Flávio Lopes, Artur Neto, Heriberto Cunha, Doriva, Miguel Ángel e outros, muitos outros. Aventuras especulativas, sem dúvida.
A última delas com Eduardo Barros custou tempo na zona de rebaixamento, um bom tempo de aflição para os atleticanos e, em especial a Petraglia como presidente e CEO, que confessou ter "temido pelo pior".
Com o Athletico salvo da catástrofe, seu senhor deve ter aprendido com Paulo Autuori, que os técnicos não são iguais. E essa lição tem que ser definitiva, pois Autuori assumiu às pressas, sem tempo para preparar o time, com o Furacão impedido pela FIFA de contratar, e com o ambiente do CT do Caju estragado por Paulo André.
Esse tema volta a ser atual na Baixada. É que encerrado o Brasileiro, a obrigação voluntária assumida por Autuori está esgotada. Quer dizer: o Athletico terá que contratar um treinador.
É de se presumir que a escolha do novo técnico será ordem exclusiva de Autuori. É certeza e não presunção que, também, que ele como diretor de futebol, não correrá o risco de testar auxiliares na função.
Embora a filosofia de jogo seja padronizada a partir das suas ideias e convicções, que resultaram nas conquistas da Sul Americana (2018) e da Copa do Brasil (2019), com a execução de Tiago Nunes, a formação do time para 2022 tem que, necessariamente, ter no mínimo a aparência de definitiva.
Se Autuori conseguisse trazer Tiago Nunes de volta, correria menos risco.