Petraglia teria coragem de desejar “Feliz Natal” para os atleticanos?
Desde 2002, o Athletico nunca temeu o preço da verdade. É que a verdade do presidente Mario Celso Petraglia era a sua verdade, diferente daquela que a torcida acreditava. E, a sua verdade, não decorrida de fatos, por ser sempre imposta ou sempre ter sido comprada.
Agora, os atleticanos perguntam ao seu presidente: qual o preço da mentira?
Eis o grande problema para Petraglia: a mentira como a que praticou contra a torcida ao prometer “um grande time” nasce e esgota-se nos fatos. Bem por isso, não pode ser imposta e não pode ser comprada.
Ela simplesmente existe com um objetivo: escancarar as mazelas que disfarçaram a verdade real. Ao empurrar o Athletico para a Segundona, Mario Celso Petraglia ficou confortável.
Crédito de Petraglia no Athletico se esgotou
É que poderá dar o sentido da vida que sempre que é provocar e viver no caos, e impondo que o povo atleticano um dia sempre lhe seja companheiro, parecendo ser daqueles que quer fazer o sofrimento ter mais sentido que a felicidade.
É da Teoria do Absurdo, tão bem desenvolvida pelo Nobel de literatura, Albert Camus, em suas obras “O Estrangeiro” e o “O Homem revoltado”.
Se há consolo para Petraglia para o Athletico na Segundona, não há para a torcida. A dívida do rebaixamento é bem maior que o crédito pelo que realizou. Aliás, crédito que se esgotou quando mandou marcar o nome da Baixada de “Mario Celso Petraglia”.
No final da série “Chernobyl”, que conta a sua saga, o engenheiro chefe da Usina Nuclear de Chernobyl, Anatoly Dyatlov, desabafa:
“Quando a verdade nos ofende, nós mentimos, mentimos até quando lembramos que ela existe. Cada mentira que contamos gera uma dívida com a verdade. Cedo ou tarde essa dívida deve ser paga”.
Um feliz Natal, com Guimarães Rosa: “Minha senhora dona, um menino nasceu, o mundo tornou a começar”!