Petraglia se tornou refém de Felipão no Athletico?
Se o analista afirma que o Athletico só ganhou do São Joseense porque buscou a superação para corrigir os seus erros, pode ser um ponto de vista isolado e sem nenhuma influência.
Mas se o próprio técnico Paulo Turra adota esse argumento para explicar a vitória por 3 a 2, é sinal de que embora só vencendo e líder, o Athletico continua sem evoluir.
Sabe-se que a superação física é a forma de superar as deficiências táticas, cuja influência é tão forte que impede a supremacia da qualidade do jogador.
Bem resumido: o Furacão está criando um fato inusitado, que é ir contra a ordem das coisas do futebol. Quanto mais joga, mais regride. Ganhar de times semiamadores usando a superação física é a prova objetiva de que não consegue evoluir.
A questão me provoca uma dúvida: o presidente Mario Celso Petraglia não teria se tornado um refém do pensamento do diretor Luiz Felipe Scolari, o Felipão?
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Certa vez, Petraglia me falou que “nunca foi, não é e não será refém de ninguém”. Ocorre que a expressão refém, no caso, não está no sentido de garantia de alguma coisa, mas da submissão à história de Felipão.
Eventuais reclamos de Petraglia sobre a letargia tática do Furacão devem ser contestados por Felipão, que por sua experiência e a imposição de respeito, prevalece.
O argumento mais forte para manter o mesmo grupo de 2022 foi o de que a continuidade iria fazer o time, que nada ganhou, evoluir. Passado mais de 40 dias, regrediu.
O receio é que Petraglia tenha se cansado de tomar atitudes pesadas para que as coisas evoluam no futebol do Furacão.