Com o Athletico andando em círculos, Petraglia pode iniciar a sua sucessão
Em 2006, o Athletico iniciou o ano revolucionando o mercado de treinadores do futebol brasileiro com a contratação de um dos maiores símbolos do futebol mundial, o alemão Lothar Mathäus. Encerrou aquele ano com Givanildo de Oliveira.
Em 2024, o Athletico, contra todo o sistema nacional, contratou Cuca, o mais inteligente treinador do futebol brasileiro. Agora, sem Cuca, contratou, por indicação de Paulo André, que tantos danos provocou na Baixada, o ex-assistente de treinador, o uruguaio Martín Varini.
Dito em resumo: 18 anos se passaram daquele 2006 e o fato negativo está se repetindo em 2024. Teimo em acreditar na versão de que o presidente Mario Celso Petraglia já não tem mais a exata noção das coisas. Do contrário, iria concluir que os seus atos fazem o Athletico andar em círculo. Não irá nunca alcançar os objetivos prometidos.
Talvez, isso explique a demissão do CEO, Alexandre Leitão. Capaz, culto, sério e atleticano, Leitão entrou para fazer o que Petraglia sempre prometeu: blindar o Furacão. Cortando mãos tinham o vício de ir ao pote, penduricalhos que dobravam salários de executivos e aproximando o clube da torcida, Leitão criou desconforto para todos que exercem o cargo de lugar-tenente do comando central. Daí, para as “divergências” com Petraglia e a demissão, foi questão de tempo.
Mario Celso Petraglia prepara a sua sucessão
Agora, Mario Celso Petraglia estaria disposto a realizar um velho sonho: iniciar a sua sucessão. Parecendo tratar o Athletico como um bem que já está incorporado ao seu patrimônio pessoal, seria uma sucessão familiar.
Dos seus filhos, a única que sempre carregou a pretensão de dar continuidade aos negócios da família, no Athletico, é Ana Lucia Keinert Petraglia. Uma senhora culta, com formação acadêmica no exterior, tem algumas propriedades da personalidade do pai. Só que infelizmente como o pai, não entende de futebol.
Aberta a sucessão, o Athletico continuará andando em círculos. Entre parêntesis: Petraglia é insuperável. Consegue provocar uma crise em um clube que tem R$ 800 milhões em caixa.