Opinião

No caso Morro, Petraglia foi populista, covarde e rancoroso

Por
Augusto Mafuz
06/02/2021 20:14 - Atualizado: 29/09/2023 20:10
No caso Morro, Petraglia foi populista, covarde e rancoroso
| Foto: Gazeta do Povo

Um jovem de nome Morro García tinha todos os sonhos do mundo no subúrbio de Montevidéo. Ser jogador de futebol, “sem ser um Enzo Francescoli”, era o seu sonho. Um corte da história, o introduz na Baixada, em uma época de ambiente agreste e hostil na bola e na política.

Então, Mario Celso Petraglia, tomou-o e exibiu-o como um troféu político para criar mecanismos e voltar à presidência do Athletico. E, nem era necessário, pois o Furacão havia sido rebaixado para a Segundona.

Morro García praticou o ato extremo do suicídio. Embora de repercussão por se tratar de jogador de futebol, seria um ato de prática comum àqueles que não são mais capazes de controlar as suas emoções.

A morte de Morro fez com que Mario Celso Petraglia exagerasse na dose do ódio, que o alimenta todos os dias. Na sua rede social, escreveu: "A mais cara contratação da história do CAP, veio com sentença de uso de cocaína e lesão irrecuperável no pé".

Daí, pressionado pela torcida atleticana, Petraglia apagou a mensagem, justificando: "Como a interpretação do meu texto não foi entendida, prefiro excluir meus textos! Desculpem!".

Petraglia não deveria ter excluído o seu texto. Quem o conhece, entendeu bem. E quem não o conhece, também.

No texto, estão presentes os elementos conhecidos do caráter. Foi oportunista, porque era um caso absorvido pelo tempo e que não trouxe nenhum prejuízo ao Athletico, pois ele próprio confessa que o clube recuperou o dinheiro; foi covarde, porque já em óbito, Morro não tinha mais como reagir e, em especial, nem apresentar o recurso da sentença, que o condenou apenas como usuário;  e, mais que populista e covarde, Petraglia foi rancoroso e de propósito desonesto, pois o seu objetivo foi atingir Marcos Malucelli, o ex-presidente que contratou o jogador.

É preciso esclarecer que todas as ações judiciais em que Petraglia indicou como causa o caso Morro García, foram julgadas improcedentes. E Morro não foi a contratação mais cara da história do Athletico. Foi a de Felipe Gedoz,  que por 30%, o clube pagou US$ 5 milhões, e de Felipe Aguillar, que por 50%, pagou R$10 milhões. Ambos, curiosamente, trazidos na gestão Petraglia e sem retorno técnico ao clube.

Então, além de oportunista, covarde e rancoroso, Petraglia mente.

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