Palmeiras x Athletico: enfim, um jogo de iguais
Não é por casuísmo que o Athletico joga no Palestra, contra o Palmeiras, por uma vaga para a final da Libertadores. Não é por alienação a um fato improvável que vai começar o jogo com o beneficio do empate. O Furacão vai com o mérito que o futebol não nega para quem se tornou eleito pelas suas virtudes, seja sob qualquer ângulo que se enxergue.
Eis a grande verdade que enaltece o Furacão para esse jogo: irá jogar com o Palmeiras, sem a submissão que, em teoria, sempre é pregada pela história que usa a tradição para estabelecer diferenças.
O simples fato de obrigar aos teóricos a não correrem riscos de pregarem favoritismo ao Palmeiras, já é questão de respeito. E o respeito induz ao autoconvencimento, em especial, para os jogadores de as condições para a conquista são iguais ao adversário. Para Felipão não é necessário ir às teses subjetivas, pois os 40 anos de carreira lhe deram como uma das virtudes como treinador a crença de vitória.
Palmeiras x Athletico.
Para aqueles que entendem o futebol como um jogo de ações projetadas fora de campo, quase mecanizadas ou, como dizem os teóricos, “um jogo de xadrez”, será um jogo interessante. É um jogo de iguais. Diferenças individuais quando não são extraordinárias (é o caso), em regra, podem ser neutralizadas.
Para aqueles que entendem o futebol como um jogo de paixões, em que o que interessa é prestar contas ao coração com o resultado, será um jogo eterno. Estou entre os segundos.