Os “pangarés” de Glenn Stenger são piores que os de Gionédis no Coritiba
Era um ano de pouca graça aquele 2005 para o Coritiba. Embora um pouco mais discreto nas derrotas do que esse atual Coxa, o seu presidente, Giovani Gionédis, procurava soluções para o ataque.
A todo o empresário que o procurava oferecendo jogador, Gionédis respondia: “Esse? É pior do que os 'pangarés' que eu tenho, aqui”.
Após o Coritiba de Cuca perder para o Botafogo por 3 a 0, Giovani tornou público o que pensava: “Estou convicto de que precisamos buscar um atacante. Meus pangarés não resolvem”.
+ Confira a tabela do Coritiba no Brasileirão
O Coritiba continuou com “pangarés” e foi rebaixado, mas Gionédis entrou para a história da linguagem figurada no futebol: pangaré passou a significar jogador perna de pau, medíocre ou qualquer expressão que se associe ao jogador de baixa qualidade. Só que o Coritiba de Giovani já estava endividado, sem dinheiro.
Lembrei dessa passagem vendo o Coritiba perder para o Palmeiras, 3x1. Fatos baseados em números são inflexíveis.
Quando o leitor chegar até aqui, já serão 102 dias que o Coritiba não ganha um único jogo. A consequência foi a exclusão nas quartas de final do Estadual, queda na Copa do Brasil e, agora, a lanterna no Brasileirão, que a cada rodada vai se tornando permanente.
O mais grave: tudo isso ocorre depois de um gasto de R$ 40 milhões em contratações. Das contratações para o Brasileirão, o único que não pode ser tratado de pangaré é o lateral-esquerdo Jamerson.
De resto, formou-se um time de terceira, em prejuízo do clube. E pior: em benefício de gente que se aproveitou da irresponsabilidade do presidente Glenn Stenger em liberar contratações a critério de empresários.