O que o Furacão pretende, afinal?
Se me perguntarem qual é a competição de objetivo central do Athletico nesta temporada, não saberei responder. Um dia desses, o professor Paulo Autuori, que manda no seu futebol, deu a entender que são todos: Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileirão.
Os objetivos no futebol são dois: financeiro e esportivo. Embora sendo aquele uma consequência desse, Autuori tem a consciência de que não é possível o Furacão competir com a consciência de disputar títulos até o final de 2021.
A temporada regular que mantém o Furacão com vida intensa em todas as competições é resultado da excelência da sua estrutura. Mas, vai chegar um momento que isso não bastará e precisará de time. E time se faz com a base e com contratações. A base é fraca. e o cheque de R$20 milhões que Petraglia deu para comando do futebol investir já foi gasto com Babi e Terans. Se não fosse o uruguaio, tinha virado pó.
O que o comando de futebol precisa é usar um critério mais lógico para avaliar melhor a rotação de jogadores. Tome-se o jogo do Ceará como exemplo: mudou-se toda a estrutura do time durante 60 minutos, com o objetivo de ter um Furacão “inteiro” contra o América de Cali pela Sul-Americana. Mas a desgastou quando foi usada na etapa final. Teria sido mais razoável usar esse critério contra o sofrível América, em um jogo na Baixada, em que basta o empate.
Quando Autuori afirma prioridades em todas as competições, das duas, uma: ou está dissimulando uma situação irreal para afagar o torcedor ou está enganando a si próprio. Como se trata de um homem sério e capaz, também tenha convencido pelas lições de Nelson Rodrigues de que o homem sem ilusão está morto.
Concordo. Mas muitas ilusões, também, matam.