Opinião

O que Nikão quer para o seu futuro?

Por
Augusto Mafuz
03/03/2021 19:33 - Atualizado: 29/09/2023 20:04
Nikão tem contrato até o final de 2021 e pode assinar pré-contrato com outro clube no meio do ano
Nikão tem contrato até o final de 2021 e pode assinar pré-contrato com outro clube no meio do ano | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes/Gazeta do Povo

Não é mais segredo, é fato confessado, Nikão quer ir embora do Athletico. Não é por desgosto, mas por um impulso que sofre todo o jogador pela cultura do futebol brasileiro. Para essa, a idade, ainda, é um componente que influi na valorização profissional do jogador.

Vejam só, o que é essa cultura que discriminatória pela idade. Com poucas exceções, a maioria e os grandes negócios no futebol europeu valorizam jogadores de 28 anos de idade. É que os treinadores entendem que com essa idade, o risco de o jogador fracassar é mínimo. No Brasil, a partir dos 28 anos, os atributos técnicos passam a ser tratados com reserva.

Não sei quem quer contratar Nikão. Pela influência que exerceu nos últimos anos nas conquistas do Athletico (inclusive, na fuga do rebaixamento desse ano), Nikão seja, talvez, o jogador de preferência do mercado.

Entendo que Nikão queira ir embora.

Mas, pergunto: para jogar em qual clube?

No Brasil, as opções para alcançar o seu objetivo que é fazer um contrato que lhe renda a aposentadoria, são restritas a Flamengo e Palmeiras. Sair do Athletico para jogar em qualquer outro clube do futebol brasileiro, será uma aventura com probabilidade de risco fatal. Salários atrasados, pressão de torcida organizada, tempo de adaptação e outros fatores acabam descompensando qualquer benefício financeiro.

Nikão precisa ser bem orientado por sua família e por seu agente. Não se deixa um clube como Athletico que paga em dia, bons salários dentro de um padrão racional, e oferece todo o amparo pessoal ao jogador e à sua família. Nikão precisa ter a consciência de que a escolha para sair não pode ser errada, pois, aos 28 anos de idade, já está reduzido o seu direito de recomeço.

Se eu tivesse o direito, daria um conselho para Nikão: deixe que o Athletico escolha o que é melhor para si e para o seu futuro. Escolado em Furacão, não conheço nenhum jogador que prestou serviços e rendeu benefícios, que tenha reclamado de ingratidão.

E sou específico: Nikão deveria conversar com o presidente Mário Celso Petraglia para concluir o que é melhor para o seu futuro.  Garanto que o risco de erro será zero.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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