Opinião

O produto que o Athletico mais vendeu em 2023: mentiras

Por
Augusto Mafuz
01/12/2023 11:15 - Atualizado: 01/12/2023 11:15
Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico
Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico | Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes

O Athletico não vai jogar a Libertadores de 2024.

No Mineirão, contra o Cruzeiro, nada se tirou o que o Furacão já havia perdido há tempo.

De início, era para ganhar a Copa do Brasil e resolver a vida em 2023. Não passou das quartas de final contra um “time velho” do Flamengo (Petraglia). Daí, era para ganhar a Libertadores para ser campeão mundial de 2024. Não passou das quartas de final, eliminado pelo periférico Bolívar. Então, a proposta era ficar em quarto no Brasileirão para ir direto à fase de grupos da Libertadores como cereja do bolo do centenário. Fracassando, agora projeta ficar entre os oito primeiros do Brasileirão para retardar a sua participação na Copa do Brasil de 2024. É quando o rico acaba pedindo uma esmola.

O histórico do Athletico é de uma espécie que foi se dissolvendo no campo de treino e de jogo. Resta saber qual o produto usado e qual a sua fórmula.

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De promessa em promessa, o Furacão, ao invés de cumprir o mínimo que prometeu, ou talvez transformasse a promessa em forma de ilusão, vendeu mentira para a sua torcida em 2023. Não há outra explicação para um clube que passou um ano sem treinador.

Especulou com Paulo Turra, e depois com Wesley Carvalho. Investiu milhões em contratações tendo como base critérios de negócio futuro e não técnicos.

O argumento de Petraglia de que o projeto foi confiado a Luiz Felipe Scolari e que esse foi embora, não se sustenta. A fuga de Felipão antecedeu aos jogos com o Flamengo (Copa do Brasil) e Bolívar (Libertadores). Havia tempo, dinheiro e o prestígio da estrutura da administração do clube para contratar diretor de futebol e treinador. No entanto, dando-se o comando do futebol a Alexandre Mattos e Márcio Lara, descobriu-se a fórmula definitiva para dissolvê-lo em 2023.

Mais grave: depois da eliminação da Libertadores, continuava com tempo, dinheiro e prestígio, mas nada fez. Especular com estagiários ou confiar interesses relevantes ao comando a negociadores é a representação viva de desprezo à torcida.

Imaginava-se que o Athletico é uma empresa que só oferecia alegria, tristeza, ilusões, e vendia serviços, jogadores e produtos em gerais. Não se sabia que, em 2023, venderia também, mentiras.

Assiata ao Carneiro & Mafuz #26

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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