O problema do Paraná é a torcida
O problema do Paraná poderia ser a dívida de R$ 120 milhões. Mas não é. Embora esteja insolvente, uma boa administração poderia criar mecanismos para o tornar outra vez saudável. Não se pode ignorar que, ainda, há uma história, uma torcida e um patrimônio.
O problema do Paraná poderia ser o orgulho ferido, de quem já foi grande e, agora, tem que se submeter à humilhação de jogar a quarta divisão nacional. Mas não é. Resultado de campo na Série D depende dos mais variados elementos que podem coincidir e remeter o clube ao alcance do objetivo de ir à terceira divisão.
O problema do Paraná é outro para qual só há uma solução: acabar com os grupos que se organizaram na arquibancada e se apossaram do clube. Os mesmos apoiaram a fase mais grave da delapidação do clube por Leonardo Oliveira e Casinha. Os mesmos, que adotando uma conduta irracional e covarde, que usando do anonimato das redes sociais, ameaçam de violência física os atuais dirigentes que, por serem sérios, têm bons propósitos.
Pode ser uma contradição, mas o grande problema do Paraná são esses grupos de arquibancada. Dentro do clube, fazem prevalecer as suas propostas e, depois, nas derrotas ameaçam até com a morte esses dirigentes que estão lá para tentar o milagre da salvação.
Dito de outra forma: a torcida, que é o grande amparo de um clube, tornou-se o grande problema do Paraná. Se não acabar com a influência interna desses grupos, nem todo o dinheiro do mundo irá salvar a instituição.