O perigoso sexto sentido de Petraglia
O maior legado que Luiz Felipe Scolari poderia deixar para o Athletico já está consagrado: provou ser o princípio de que “técnico não ganha jogo” é o que os cartolas usam para disfarçar a sua ignorância sobre o futebol enquanto uma ciência de campo.
Em um mês e com os mesmos jogadores, Felipão transformou o medíocre Furacão de Alberto Valentim e Fábio Carille em vice do Brasil, antecipou-o, em tese, para as quartas de final da Copa do Brasil, e, em Assunção, pode remetê-lo para as quartas da Libertadores.
Ao contrário do que afirmou Petraglia a Juca Kfouri explicando a contratação de Vitor Roque, no futebol não há soluções dadas através do “sexto sentido”, que nada mais do que é uma intuição. Felipão é fato definitivo e absoluto como treinador, não é uma imaginação criadora. Vitor Roque já havia despontado no Cruzeiro e estava em crise contratual. Para tê-lo bastava alguém ter R$ 24 milhões para fazer a operação de pagamento da multa com jogador, com advogado e empresários.
O “sexto sentido” de Petraglia com base no dinheiro se torna perigoso. Com Valetim e Carille, os limitados Matheus Fernandes, Vitor Bueno, Marlos, Cuello, Canobbio e Bryan García estariam levando o Athletico à segundona.